quarta-feira, 18 de maio de 2011

PALOCCI E SUA CLIENTELA

Se o Brasil fosse um país democrático, de fato e de direito, o ministro Antônio Palocci teria que dar todas as explicações sobre os últimos episódios envolvendo seu nome. O que o governo e o Partido dos Trabalhadores estão fazendo, blindando-o e impedindo-o de comparecer ao Senado para dizer quais foram seus 'clientes' durante os quatro anos em que, como deputado federal, prestou consultoria a eles, é uma daquelas coisas que envergonham a sociedade cujos passos são constante e detalhadamente seguidos. O que querem a oposição consciente e o cidadão de bem não é questionar sua importância como profissional, tampouco seu enriquecimento rápido, por mais surpreendente e meteórico que pareça. O que o ministro da Casa Civil nos deve, neste primeiro momento, são provas incontestes de que não houve tráfico de influência nem qualquer outro desvio e isto não deveria ser encarado como favor, principalmente por sua condição de servidor público e homem forte de um novo governo. Sendo assim, não deveriam pairar sobre suas cabeças quaisquer dúvidas ou explicações sobre a coisa pública.