sábado, 13 de agosto de 2011

A MORTE DE UMA JUÍZA


A morte da juíza Patrícia Acioli, muito mais do que trágica, tornou-se emblemática quando se trata de defender o que está à luz do Direito e nossas leis, 'custe o que custar'. Seu assassinato, logo após mais um dia de trabalho, onde, certamente, tomou decisões difíceis e contrariou interesses, reforça a necessidade de se fazer algo para restabelecer a ordem e mostrar que o poder paralelo não pode existir, tampouco a figura da impunidade e da imunidade para quem quer que seja. Reforça, também, o desejo que muitos têm em ver modificados códigos, através de plebiscitos ou referendos, com penas muito mais condizentes com os crimes praticados todos os dias e por milhares de cidadãos, se é que pode-se chamá-los assim. A constante inversão de valores, onde a vontade de bandidos está acima da lei, não pode continuar servindo de parâmetro para crianças e jovens cujo risco maior é não saber diferenciar o certo do errado. A maioria do país, que ainda pode ser considerada honesta e digna, espera que a juíza não tenha se tornado mártir por acaso, acreditando em ideais, colocando sua vida em martírio ou vendo seu sangue se esvair inutilmente após serem desferidos pelo menos 12 tiros em seu incorruptível corpo.