quinta-feira, 6 de outubro de 2011

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Recentemente, a Márcia Direnna resolveu manifestar sua indignação com o contraste social que existe em Niterói, segunda cidade em qualidade de vida mas que insiste em fechar os olhos para alguns dos graves problemas, como, por exemplo, as cracolândias e o grande número de pessoas (crianças, jovens e idosos) largadas nas ruas, como ela diz, 'à própria sorte'. Enviamos sua opinião para alguns jornais e outros veículos que a reproduziram, como fez o site ACORDA NITERÓI. Este blog, além de ratificar tudo que a Márcia escreveu, passa a reproduzir seu 'manifesto'

“Pelo alto número de pessoas, principalmente, crianças e mulheres, largadas à própria sorte, dormindo e perambulando pelas ruas de Niterói, pedindo dinheiro ou tentando ‘empurrar’ alguma balinha nas portas de bancos e condomínios, a cidade deve ser, mesmo, o paraíso dos milionários como foi apontado em recente pesquisa nacional, daí a grande demanda por abastada clientela. Em um país de extremos contrastes, este dado estatístico revela, mais uma vez, as desigualdades que precisam ser corrigidas por ser o Brasil rico, com forte economia e de inesgotáveis recursos e o Rio de Janeiro estado produtor de petróleo que defende os royalties com unhas e dentes. Questiona-se -e muito – se Niterói abriga pessoas com tanto dinheiro assim, mas, pelo que se vê, todos os dias, em Icaraí e outros bairros nobres, os governos deveriam se mexer e ajudar, de fato, esta gente já tão sofrida. Sem maquiagem ou jogar para baixo do tapete. E, tudo isto, sem falar na droga que, nesta ‘cidade endinheirada e exemplo para todo o país’, não é tratada como doença e não ampara socialmente seus cidadãos mais humildes. Como assistente social e moradora daqui, sinto-me envergonhada em ver tanta mídia e tão pouca ação.”

Márcia Direnna - Niterói - RJ