sábado, 22 de outubro de 2011

FIO DE BIGODE

A corrupção e a malandragem já passaram a fazer parte do cotidiano do brasileiro e isto ninguém mais discorda. Ninguém discorda, também, que as atuais leis protegem o criminoso, a figura da impunidade - e da imunidade - amenizam perdas e supostos sofrimentos (que saudade de quando existia a tal da vergonha), pior, vêm estimulando as novas gerações a 'se dar bem' com práticas ilegais, sem inibí-las nem um pouco. Levando-se em consideração nossa educação estar bem abaixo da média, isto é uma catástrofe. Os movimentos anticorrupção afloram pelo país, não com a mesma intensidade em que surgem os modelos de fraude ou que sejam capazes de impedir o surgimento destes novos adeptos ávidos por um enriquecimento, geralmente, à custa da boa fé, do patrimônio alheio e do erário público, este o mais visado nos últimos anos como se público fosse um termo literal. Mesmo. Como se não bastassem o tráfico, os furtos, latrocínios, achaques, superfaturamentos, mensalões, chupa-cabras e outras modalidades de estelionato, surge, agora, a venda de facilidades cibernéticas, como a de carteiras de motorista do Detran, com a devida comprovação digital feita à base de silicone. Ela aparece, justamente, em uma hora em que, a partir, de janeiro, entra em vigor a obrigatoriedade do ponto eletrônico. Mas isto tudo existe porque a tal da ética, do respeito às leis e ao próximo e aos valores é artigo de luxo e começa a fazer parte de um tempo que parece não interessar mais ao honesto, outro artigo do gênero no país.