sábado, 8 de outubro de 2011

PRA NÃO FALAR EM RICARDO


Não é preciso ser nenhum Nostradamus para prever o que pode acontecer até o início da Copa do Mundo, em 2014, no Brasil. Superfaturamento, fraude nas licitações, muitos termos aditivos, gastos 'às escondidas' e sem autorização, autopromoção de autoridades, bate-boca no Congresso e pedidos de CPI, quebra de compromissos, acordos espúrios deverão estar entre as pautas preferidas dos veículos de comunicação, daqui e de lá. Quanto ao day after, a própria Fifa estima um prejuízo de R$ 1,8 bilhão se o Brasil não adequar a Lei Geral da Copa às exigências da entidade que vão desde os valores da meia-entrada, para estudantes e idosos, até os custos dos direitos de televisão e da proteção das marcas dos patrocinadores. Prejuízo para os brasileiros, é claro, pois a instituição, tal qual banqueiros de jogos de azar, não perde nunca. Mas tudo isto sem falar nos serviços públicos que, ao contrário de outros países bem-sucedidos com a realização dos eventos, continuaremos a ter: caóticos, caros, inaccessíveis e dignos de um verdadeiro país meramente influenciado por megalomania de um governo que levará seu povo a conviver com nada mais que um possível rescaldo, se algo não começar a ser feito. De fato.