quarta-feira, 16 de novembro de 2011

GRITOS CONTRA A CORRUPÇÃO

*** As marchas contra a corrupção, convocadas pela internet para o feriado da Proclamação da República, ficaram meio vazias por causa das chuvas que caíram em quase todo país. Mas não foi só por isto. Está faltando algo, como permitir o engajamento de políticos, algo a princípio descartado pelos organizadores. De nada - ou pouco - adiantarão os movimentos se não puderem ter como coadjuvantes quem pode mudar as leis. Apesar de todo corporativismo, fica difícil eles não cederem à força popular que começa a ganhar corpo (mesmo modestamente), exigindo o fim da impunidade e toda a roubalheira institucional instalada em seu meio e ao redor, como deseja a grande maioria da sociedade, composta por quem vai ou não às ruas. A adesão desta maioria pode ser maior se forem maiores as campanhas, os discursos de alguns bons políticos que ainda temos e a participação de outras instituições idôneas que, também, ainda temos. O brasileiro não foge à luta e já demonstrou isto em várias oportunidades. Mas precisa de um combustível a mais, talvez vindo das mãos e vozes de políticos experientes como um Pedro Simon, há anos se dedicando a apontar caminhos contra esta que é a doença maior do Brasil.

*** E o Código de Ética que o governador Sérgio Cabral, 'encomendou' para os servidores de todos os escalões do Estado do Rio de Janeiro? Já está valendo ou foi só pra disfarçar favores concedidos a ele mesmo, descobertos e que pegaram mal?

*** Pegaram mal, também, as supostas mentiras (omissão, como preferem os corruptos, ou amnésia, os malintencionados) do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que disse não conhecer Adair Meira, controlador de duas organizações não-governamentais (ONGs) - Pró-Cerrado e Renapsi - que têm contrato com a pasta e que recebeu R$ 14 milhões pelos convênios. Lupi também negou que tenha utilizado um jatinho providenciado por Adair. Deve ser por isso que a presidente Dilma tem falado em off que "esse ministro tá dando um trabalho"...