ROUBO DE VIDAS

A falta de um melhor planejamento estratégico, do ponto de vista da segurança pública, tem trazido sérias consequências para o interior do Estado e da região metropolitana, como Niterói, antes conhecida nacionalmente pela excelente qualidade de vida da população. Com a criação das Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) , o crime organizado - e o desorganizado - invadiu a cidade e o tráfico e consumo de drogas ( onde proliferam as cracolândias e seus dependentes), bem como o número de assaltos, latrocínios e roubos de automóveis cresceram tanto que ela já desponta na triste estatística das mais atingidas. Para se ter uma ideia dos inúmeros prejuízos, basta abrir os jornais e ver estampadas as notícias sobre esta onda de violência, com estabelecimentos e clientes vivendo aterrorizados sob escolta de segurança privada, hábitos sendo modificados, sequestros e, o pior, outros crimes que dão fim à vida dos cidadãos quase todos os dias. Outro dado que mostra a migração para o lado de cá dos marginais 'encurralados' pelas UPPs, e o seu desespero -, é o aumento de 16% na aquisição de seguros para automóveis em Niterói. Este índice cresceu por causa da violência que aflige não só esta cidade como, também, São Gonçalo e Duque de Caxias, proporcionalmente, consideradas as campeãs nesta modalidade de crime. Isto tudo mostra que as coisas vão mal, a violência não é um factóide e que ninguém quer perder seus carros. Muito menos suas vidas.