domingo, 20 de maio de 2012

MARINHEIROS DEMAIS

A mentalidade da maioria do empresariado brasileiro não muda nunca. Quer investir pouco e ganhar muito dinheiro. Se possível, rápido. Pensando assim, os novos gestores da Barcas S/A, além de terem anunciado que as melhorias no transporte deverão ser feitas pelo menos a médio prazo, com aquisição de novas lanchas mais modernas e custo menor das passagens para o usuário, começam a reclamar que a folha de pagamento dos funcionários é desproporcional, maior que o total de empregados da Ponte e da Via Lagos, outras empresas que o grupo CCR administra. Difícil acreditar que um grupo desse porte, que 'ganha' 80 % da concessão para explorar o transporte marítimo e ainda tem os pedágios fluminenses em suas mãos, quase como um monopólio, não tenha detectado receitas, despesas e os demais ônus bem antes de entrar na canoa. É que no Brasil, é assim mesmo: querem apenas os bônus e uma boa e confortável canoa.