quarta-feira, 11 de julho de 2012

DEU ZEBRA NO SENADO

Que ninguém se engane com a cassação de Demóstenes Torres. A moralidade no Congresso Nacional, e em especial no Senado, Casa da federação, está bem longe de ser restabelecida. Os 56 votos a favor, os 19 contrários e as 5 abstenções deixaram claro que a ética, a independência entre os poderes e, principalmente, o compromisso com a verdade ainda não são regra por lá. O resultado, aponta, também, para um corporativismo barato, pois é preocupante vermos 25 senadores ( o presidente usa da prerrogativa de não votar) demonstrando 'piedade' por um colega flagrado por seu envolvimento com o crime organizado que, respeitosamente, muitos ainda insistem em chamar de quebra de decoro. Pode não ter sido o ideal, mas ver o ex-arauto da moralidade afastado da política até 2030 é um início. Apenas um início, pois a sociedade quer mais, muito mais, como ver ele e seus cúmplices (Cachoeira, por exemplo) pagando por crimes que representam a dor para milhões de brasileiros que não contam com serviços públicos de qualidade, inexistentes devido aos superfaturamentos, licitações fraudulentas, jogos de azar ilegais e tudo que estes corruptos se acostumaram a fazer nos últimos anos.