sexta-feira, 6 de julho de 2012

SER HONESTO É OBRIGAÇÃO

Esta semana se discutiu - e aprovou - no Senado Federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 86/07, conhecida como PEC do Voto Aberto. Ela prevê o fim do voto secreto nas votações de processos de cassação de parlamentares. O assunto lembra a própria honestidade, aquela que político costuma tratar como se fosse qualidade. Tal qual o voto aberto para todos os casos, ética, decoro, zelo com o dinheiro público e obediência incondicional às regras morais existentes têm de ser obrigação, inclusive, para quem foi eleito, deixando bem transparente o que pensa e sua atuação no parlamento. Falar uma coisa e, depois, fazer outra, escondendo-se, muitas vezes, atrás de uma obscura decisão, é errado ( quase criminoso) pois prejudica a população e aqueles pares que, corajosamente, expressaram um ponto de vista, doa a quem doer. A PEC será, agora, encaminhada à apreciação da Câmara dos Deputados e esperamos que não se perca mais tempo com algo tão óbvio como a obrigatoriedade de os políticos serem sérios, competentes e mostrarem sua decisão.

Demóstenes Torres com voto secreto

Na votação em primeiro turno, foram 56 senadores a favor e 1 contrário. Já na votação em segundo turno foram 55 votos favoráveis e 1 contra. Na próxima semana o plenário do Senado deverá decidir sobre o processo de perda do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), mas a emenda não valerá para o julgamento do senador goiano. A PEC prevê apenas voto aberto nos casos de processo de cassação, ficando secreta as votações para aprovar autoridades como ministros de tribunais superiores, diplomatas, diretores do Banco Central, ministros do Tribunal de Contas da União, procurador-geral da República, vetos presidenciais e eleição dos membros das mesas diretoras da Câmara e do Senado.