quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PLÁGIO ELEITORAL

Tenho acompanhado, atentamente, a propaganda eleitoral gratuita(?). Pra começar, de um modo geral, a considero ridícula, cansativa e repetitiva. Os dois primeiros adjetivos são óbvios há muito tempo, mas o ato, ação ou palavra que é utilizado por diversas vezes em um período relativamente pequeno de tempo (repetição), deveria ser visto mais de perto pela população e, até, pela Justiça Eleitoral. Quando o candidato a vereador diz, por exemplo, que 'vai melhorar a vida do cidadão, a saúde, a educação, os transportes, o meio ambiente, gerar mais empregos, capacitá-lo para o mercado de trabalho', zerar os índices de criminalidade e outras coisas dignas do primeiro mundo, no mínimo, está mentindo, pois, geralmente, sabe não ser possível, tampouco atribuição sua. Quando ele 'promete' realizações que já 'foram realizadas', está mentindo e cometendo plágio, pra não dizer crime de falsidade ideológica e grave atentado à capacidade intelectual - e, pasmem, política - contra quem já pensou e expôs algo assim antes. A coisa está tão escancarada que propor mais escolas, creches, hospitais, empregos e transportes dignos, além de ser o clichê dessa turma, quase precede e se assemelha à invenção da roda, à lei da gravidade e a órbita da Terra. Vivêssemos em um país sério, onde os candidatos 'espertinhos' ( os famosos 171) a ter problemas judiciais fossem, exemplarmente, punidos por uma eficaz Lei da Ficha Limpa, a comprovada mão na botija diminuiria muito, tirando do processo quem rouba, desvia, beneficia alguém em proveito próprio e, claro, plageia ou copia o que já existe.