quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MORTO ELEITOR

Tudo bem que existam várias teses - com os teóricos e suas máquinas maravilhosas -  a explicar o alto número de abstenções no último pleito, como, por exemplo, a suspeita de fraudes e do contingente de eleitores que morreram, cujos títulos não foram invalidados. Mas o fato é que, em média, de 10 brasileiros, dois não quiseram participar do processo eleitoral, escolhendo prefeitos e vereadores, e isto é preocupante. Ninguém aguenta mais ouvir falar de reforma eleitoral, fim do voto obrigatório e de outras medidas supostamente moralizadoras que venham a atrair o interesse do eleitor. Ninguém aguenta, também, movimentos populares como o  Ficha Limpa, julgamentos de mensalões, CPIs e outros que só fazem produzir pífios resultados ou acabar em pizza. Qualquer brasileiro com um mínimo de sensibilidade (e, felizmente, este número supera ao das últimas abstenções e votos nulos), sabe que a baixa qualidade, credibilidade e capacidade de realização da maioria dos candidatos, são o verdadeiro motivo para o afastamento das urnas. O que poucos faziam até pouco tempo, isto é, procurar a Justiça Eleitoral, simplesmente,  para pagar multa e regularizar a situação, tem se tornado boa opção e uma forma de  manifestar descontentamento com um processo cada vez mais próximo à desmoralização do próprio sistema. E isto tem atraido cada vez mais adeptos. Nos levando, a todos, à reflexão de que algo tem de ser feito. Logo.