domingo, 14 de outubro de 2012

QUISSAMÃ CONTRA O INIMIGO COMUM



Sem dúvida, na cabeça de muitos medíocres, passadas as eleições, o município de Quissamã poderá viver seus dias - ou próximos anos - de Guerra de Secessão, onde vencedores e vencidos, vermelhos e azuis, continuarão a se digladiar na Tribuna do Povo (Casa Legislativa), nos gabinetes e até nas ruas, como se isto fosse benéfico para a população. Durante as campanhas, criou-se um clima de animosidade onde pais e filhos, irmãos e irmãs, amigos e amigas e até colegas de trabalho muitas vezes ficaram em trincheiras diferentes por defender uma 'bandeira', um determinado interesse contrário. Mas esta fase acabou. Ou deve-se torcer muito para que acabe. A luta, agora, é para que Quissamã mantenha a ordem, repare danos, não reincida nos equívocos, pense a questão do Complexo de Barra do Furado e, principalmente, se prepare para batalhas contra 'inimigos comuns', isto é, instigadores contumazes, os conhecidos disseminadores da discórdia e das propaladas fofocas ( quanto pior, melhor) ou políticos que vêm de fora, muitas vezes de outras bandas, dar pitacos em assuntos internos, retirar recursos oriundos dos royalties ( ano que vem será retomada a discussão de leis e emendas sobre o modelo de partilha) ou transformá-lo em palco de disputas antecipadas visando 2014, já que toda a região norte-fluminense é estratégica para o Palácio Guanabara e as pretensões do governador Sérgio Cabral, - que pretende fazer o sucessor -, do deputado Garotinho e do Senador Lindberg, todos almejando, desesperada e precocemente, o controle do Estado do Rio de Janeiro. O momento é de se refletir sobre tudo que envolveu a eleição em Quissamã, seus custos, quais e quantas foram as mensagens das urnas, contar com o apoio político de quem queira ajudar e se preparar para enfrentar as dificuldades que não podem ser criadas ou potencializadas por nós mesmos. Afinal, um conflito, tal qual ocorreu entre irmãos confederados e yankees, só pode contabilizar perdas irreparáveis e isto, quem tem sã consciência e projeto político para fazer Quissamã crescer, não pode-se admitir.