O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira (PDT) e seu sucessor, Rodrigo Neves (PT), sentaram-se à mesa, ontem, para tratar da transição. Na pauta, os problemas de Niterói, principal interesse de todos, independente da sigla partidária, afinidade, ideologia ou outro que deva existir muito mais durante as campanhas. O gesto é digno de ser copiado por aí, pois, agora, está em jogo a melhoria da qualidade de vida do cidadão e a situação orçamentária, fiscal e estrutural da cidade. Em Quissamã, por exemplo, não vejo a hora de haver entendimento com o início do processo de transição, apresentação das equipes que trabalharão neste processo, tudo de maneira bem tranquila, diminuindo os impactos de um governo para o outro. No momento em que se discute a possibilidade de entrar em vigor a lei que redistribui os royalties do petróleo, arruinando os cofres de estados e municípios produtores, nada como selar a paz política e a união para se encarar um problema tão real como este. Deixar as diferenças pessoais de lado, como fizeram JRS e Rodrigo, ajuda a eliminar alguns algozes da racionalidade e a fortalecer os cidadãos fluminenses na injusta - e titânica - luta contra os que querem, apenas, manter a compensação financeira daqueles que sofrem perdas por arcarem com o ônus pela exploração de petróleo, como fazem Minas Gerais, Pará, Paraná. Rio de Janeiro, Espírito Santo, etc. De nada adianta continuar fingindo uma mesa repleta de champanhe e caviar se há possibilidade de ser obrigado, de repente, a colocar um chapéu para amealhar uns trocados, como fazem grandes artistas de rua em Nova Iorque. Sendo assim, a hora é de união, envidar esforços no sentido de manter os avanços alcançados, independente de quem é o pai da criança, bonitinha ou não.
