Já tem página na Internet contendo biografia do Ministro Joaquim Barbosa e, até, sugerindo seu nome para disputar a sucessão de Dilma Rousseff, em 2014. Pode ser exagero, mas não deixa de preocupar o Planalto e, principalmente, petistas, dosimetricamente enrolados pelos escândalos do Mensalão que podem assistir - e protagonizar - capítulos ainda mais emocionantes quando o ministro assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. Ele pode exigir medidas bem extremas ao nível do pedido de entrega dos passaportes de todos os, agora, condenados, entre eles José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, mostrando não estar ali para brincadeiras e se contorcendo à toa. O cumprimento de penas, sem nenhum tipo de concessão ou uma daquelas benesses próprias dos 'influentes', pode ser outra delas. A bravura empreendida por Joaquim Barbosa tem causado um grande corre corre nos bastidores da política e, em especial, no antro dos maus políticos, inclusive conversas acaloradas sobre sua indicação (feita, aliás, pelo presidente Lula), mostrando que há enorme arrependimento pelo mal causado a 'companheiros' e ao 'esquemão' montado para blindá-los, gratificando parlamentares em troca da governabilidade e de mútuos interesses. Nesta história, a se confirmar a intenção de Barbosa de ver presos os ladrões do nosso dinheiro, causadores da verdadeira degradação das instituições e dos serviços públicos - como ainda quer a maioria da sociedade brasileira -, devemos assistir um final de julgamento emocionante e quase atípico para os padrões normais. Pode ocorrer, também, algo tão diferente das tradicionais pizzas, que a dureza de Joaquim Barbosa pode levá-lo à condição de receber convites futuros para adentrar no mundo da política. Os quais, se fosse ele, agradeceria e mandaria às favas.
