sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ESSE CARA É RENAN

A política brasileira é assim. Basta renunciar (ou renanciar)  na hora certa e ter um pouco de paciência que as coisas logo se acomodam. Bobagem achar que vontade da sociedade, sérias acusações de procuradores da República ou de jornais e revistas possam modificar isto e superar, por exemplo, a imposição e ânsia de partidos como o PMDB - e asseclas -  quando querem escolher presidentes da Câmara e do Senado. Bobagem, também, achar que há meritocracia na escolha de cargos políticos, prevalecendo fichas limpas. Perda de tempo. Quando se quer manter o status quo, a realimentação do sistema, como desejam o PT, o PMDB e toda base alugada, nada mais 'justo' que os resultados sejam a favor. Deles. E foi o que aconteceu no Senado, com a esperada vitória de Renan Calheiros ( o 'injustiçado', segundo o 'injustiçado José Dirceu)  por 56 votos contra os 18 de Pedro Taques, os nulos e as abstenções. Agora, é a vez de se carimbar e chancelar Henrique Eduardo Alves à frente da Câmara, com o devido aval do Senado. Como consolo, a insatisfação de milhões de brasileiros e brasileiras que, sonhando com uma mudança radical após a saída do 'impoluto', eterno e imortal, José Sarney, deverão fazer das redes sociais e de toda a mídia o espaço para registrar a esperança por um país melhor. Como constatação inequívoca, o Congresso Nacional chegando ao fundo do poço, ao limite da desmoralização e do brocado jurídico fiat iustitia, pereat mundus ( faça-se justiça, ainda que pereça o mundo). Como alternativa, as eleições do ano que vem quando pode-se livrar de gente assim.