quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

QUERO MAIS SAÚDE

A tônica no país em relação a cursos universitários tem sido se o governo deve ou não validar diplomas de Medicina obtidos no exterior. Ora, num país em que a corrupção campeia, a meritocracia tem dado passagem a sistemas de cotas variados e ao apadrinhamento 'descarado' e centenas de cursos formam milhares de profissionais sem a mínima capacidade, discutir se o ensino na Argentina, Cuba, Bolívia, Colômbia, etc. é legal não será suficiente, não resolverá o problema, tampouco corrigirá qualquer injustiça existente na educação, saúde, segurança, assistência social e sistema de transporte brasileiros. Todo mundo sabe, inclusive os políticos, que com exceção da prova da Ordem para os advogados, nenhum outro profissional é avaliado. Tal qual acontece entre eles, cujo mandato independe de Ficha Limpa ou qualquer outra forma de verificação dos mais capacitados. A competência lá, como nas universidades, nem sempre prevalece. Portanto, se o médico se formou aqui ou no exterior, enquanto não houver uma forma coerente e justa, só o tempo dirá. Até lá, vidas continuarão a ser perdidas. Lá e aqui.

* Carta selecionada para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br (17.02.2013)