terça-feira, 26 de março de 2013

FOGO AMIGO

Em termos de discursos confusos, a presidente Dilma nos surpreende a cada dia. Parece que para atingir um público ainda maior, não se afastando das 'massas', ela desandou a falar tão fácil que muitas vezes beira ao impensável. Como acaba de fazer em Serra Talhada (PE), durante cerimônia de inauguração de uma adutora, quando se referiu à seca do nordeste por falta de empenho dos governantes há pelo menos um século. Ela deve estar se esquecendo que está no governo como presidente e que, com exceção de FHC, vários outros que a antecederam permanecem em sua base aliada, portanto, também podiam ter feito algo. E não fizeram. É o caso de Sarney, Collor, Itamar (já falecido) e Lula -, este, por exemplo, seu ainda grande mentor-, que pouco fizeram para acabar com o verdadeiro flagelo para milhões de seres vivos, não há 100 anos, mas desde a era mesozóica. Talvez na ânsia de falar alguma coisa de impacto contra a indústria da sede, justamente, na terra do governador Eduardo Campos ( possível adversário em 2014), a presidente tenha se exaltado ao atribuir culpa aos 'próprios companheiros'. É o que se chama de fogo amigo, capaz de 'matar' qualquer um a qualquer hora.