terça-feira, 9 de abril de 2013

REFORMA DE QUÊ?

Eis que entra em campo a reforma política. Deputados voltaram a discutir pontos importantes para o país, entre eles o financiamento público exclusivo de campanha, a votação em listas partidárias e o fim das coligações para as eleições proporcionais. Polêmicos, como tudo que diz respeito ao Congresso Nacional, devem trazer novas discussões, jogo para a plateia, suscitando aquilo que lhe é peculiar: o impasse e o corporativismo. Considerado como o grande eixo da reforma política, o financiamento público diminuiria, consideravelmente, a prática de corrupção, pois ficariam vedadas as doações de pessoas físicas e empresários aos candidatos e a famosa - e perniciosa - contrapartida poderia sofrer mutações até que nova forma de burlar a lei seja encontrada. Afinal, isto é Brasil, terra do jeitinho. Outros que estão na pauta da presidência da Câmara e que poderiam representar avanços para a sociedade são o sistema de votação para eleições proporcionais que passaria a ser de lista fechada – modelo em que o eleitor vota na legenda, que define previamente a ordem de cada candidato e o fim das coligações, outra aberração da política nacional. Considerados fortíssimos indícios de perpetuação na política, eles também terão dificuldade de ser aprovados e a vontade da maioria dos brasileiros - que não aguenta mais tanto casuísmo e roubalheira institucionais - ficar para segundo plano. Como sempre, quando o assunto é Brasília.