Líderes sindicais agora querem brincar de ser deus. E fazem a mais nova revelação, ao comunicarem que somente sindicatos podem convocar greves. Redes sociais não podem e não têm o direito, segundo eles. A pergunta é uma só: o que a maioria das 'representações' dos trabalhadores fez nos últimos anos para que o país avançasse e tivesse melhores salários, mais educação, saúde, transporte e segurança? E para diminuir a corrupção, existente, também, nos porões e salas dos sindicatos? Acredito que os 'ungidos infalíveis' ( aqueles sindicalistas tradicionais), baseados em suas crenças fundamentalistas, ao 'encarar' (e negligenciar) movimentos espontâneos como os atuais, estão entrando num dispositivo muito perigososo - para eles, felizmente - que pode resultar em mais perda de credibilidade e 'poder', colocando-os na mesma linha de políticos, missionários e dirigentes esportivos. Eles precisam entender que paralisações gerais, mesmo que resguardadas pelo direito de ir e vir e pelos serviços essenciais, podem, sim, acontecer, independente do que querem e pensam os lulopetistas e demais sindicalistas brasileiros, quase todos cooptados, transformados em"gerentes" de instituições antes combativas e transformados em dóceis subordinados a governos.