MAIS CRIMES EM NITERÓI

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, não deve - e, certamente, não vai ( o cara tá sempre antenado nas redes e nos clippings, como um prefeito tem de estar) - achar que há, apenas, sensação de insegurança na cidade depois da instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio. Estatísticas que abrangem os últimos dez anos, a partir de dados do Instituto de Segurança Pública, revelam que a quantidade de crimes como assalto a pedestres e roubos de carros e a residências aumentou consideravelmente. Segunda-feira estivemos juntos, mas não deu pra falar sobre o assunto pois o momento era inadequado (aniversário do jornal Santa Rosa), apesar de sua constante receptividade quando trata-se de resolver problemas de Niterói.

SUCESSO DE PÚBLICO: CHAVE DA CELA?

Essa foto parece até coisa da turma dos caras pretas que o deputado Garotinho nega ser coisa sua. Independente da autoria, tá muito engraçada e fazendo um baita sucesso nas redes.

 

BOA COMPANHIA

Por mais que cheguemos à conclusão que a maioria dos políticos é picareta, temos de nos render às exceções. Uma das poucas vozes livres de oposição - e coerente - ( 'apresente um bom projeto para a cidade que eu apoio'), o vereador de Niterói, Renatinho (PSol), é um caso raro de sujeito humilde mas que não pretende perder a dignidade e a liberdade. E é por isto que devemos nos orgulhar de estar sempre ao seu lado. Como na última segunda-feira, quando comemoramos os 35 anos do Jornal Santa Rosa.

 

O PAPA É POP

O Papa Francisco veio ao Brasil. Isto todo mundo viu. Reuniu 3.5 milhões de fieis em Copacabana, mostrando ao mundo que a Igreja Católica ainda é poderosa. Agora, o que poucos sabem é que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) custou aos cofres públicos pelo menos R$ 110 milhões, incluindo a desastrosa estrutura montada em Guaratiba. Apenas com a segurança da Jornada e do Santo Padre, a União gastou R$ 57 milhões. Deste total, R$ 27 milhões foram entregues às Forças Armadas para alimentação e combustível durante o evento. Mesmo assim, valeu a mensagem de paz, união e de Deus que o encontro representou.

foto: João Célio

AMIGOS DO SANTA ROSA

Há exatos 35 anos, nascia em Niterói aquele que se tornaria um de seus mais importantes jornais de bairros. Mas, desde o início, notava-se que seria muito mais. Dentro desse espírito, o Jornal Santa Rosa cresceu tanto em qualidade e credibilidade que reuniu centenas de amigos no Verdanna Grill na noite de ontem para comemorar e nós não poderíamos deixar de estar lá, abraçando a jornalista Sílvia Tani, nossa anfitriã e amiga, principal responsável pelo sucesso do Santa Rosa. 

                     Prefeito Rodrigo Neves, Sílvia, Direnna e Paulo Freitas, pres. da Neltur

 

 

TEMPO EM QUISSAMÃ

A secretaria de Conservação e Serviços Públicos de Niterói tem realizado mais um bom serviço que deveria ser seguido por outras prefeituras. Responsável pelos bustos, monumentos históricos e patrimônios públicos, ela tem protegido a própria história e servido para divulgar mais aspectos da cidade. Isto me leva ao município de Quissamã (RJ), um dos poucos a ter um Relógio do Sol, que, atualmente, encontra-se sem condições de mostrar aos estudantes e turistas aquilo que, um dia, serviu, de maior referência para a humanidade. 

A 'BOLA DA VEZ' AGORA É LEVI

Cheguei a levar um susto. É que conheço um 'vulgo' com este nome e pensei que fosse ele na primeira página do jornal "O São Gonçalo" de hoje. Ainda bem que não era. Eu, hein!

PRA COMEÇAR A SEMANA

"Não sei como alguns profissionais sobrevivem ao mercado de trabalho, tamanho é o despreparo aliado à ignorância".

                                       (Paulo Sisko)

FORA DO PÁREO

O governador do Rio, Sérgio Cabral, parece que vai ter de usar todo o alfabeto para colocar em prática plano que consiga deixar um candidato seu em boas condições de disputar a sucessão. O B, com o secretário Beltrane, e tantos outros não têm decolado, tampouco demonstrado melhorar o péssimo desempenho de Pezão. O homem das mãos, pés e 'coração' grandes (como se diz nos bastidores da política fluminense) não emplaca nem por decreto. As pesquisas continuam apontando na direção de Lindbergh Farias e Anthony Garotinho, estes as verdadeiras pedras no sapato de Cabral e seus fieis seguidores.

NÃO AOS CONCURSOS

Infelizmente, não se pode dizer que a Constituição de 88 trouxe conquistas no tocante à realização dos concursos públicos. A obrigatoriedade vem, cada dia mais, cedendo lugar à farra das contratações 'justificadas pela extrema necessidade do setor e aos artifícios legais'  empregados nas procuradorias. Fazer afilhados entrarem pelas janelas tornou-se regra onde a exceção é o candidato estudar, passar nas provas e ocupar o cargo por méritos próprios. Nos governos estaduais e, em escala maior - bem maior - nas prefeituras, a meritocracia passa longe, mas tão longe, que o serviço público muitas vezes parece o samba do crioulo doido. Nem o governo federal escapa, com o festival dos ministérios e  incontrolável inchaço da máquina.
 

CABRAL NEM A PRAZO

O governador do Rio, Cabral, a exemplo do seu homônimo mais conhecido, o navegador e descobridor português,Pedro, também embarcou por águas desconhecidas e perigosas. Só que o primeiro naufragou e descobriu apenas que a política é algo tão efêmero que num dia se está bem, cheio de aliados e pouco tempo depois perde a liderança e a vaca vai pro brejo. Prova disso foram os resultados do Datafolha que no dia 1° de julho divulgou Cabral com um governo 25% de ótimo+bom e 36% de ruim+péssimo. Agora, em pesquisa realizada entre 9 e 12 de julho, o Ibope informa que Cabral tem 12% de ótimo+bom -caindo à metade em 10 dias- e 50% de ruim+péssimo, piorando 14 pontos. Cabral vem perdendo em julho um ponto por dia. Do jeito que a coisa vai, as próximas manifestações contra os governos surgirão nas urnas, muito provavelmente, deixando Cabral e os seus sem dizer 'terra à vista'.

MÉDICOS OU GUERRILHEIROS?

Nada a ver a genética da Marinha e Exército nas veias (meu avô tornou-se heroi nacional patrulhando a costa brasileira durante a Segunda Grande Guerra e meu pai serviu na Fortaleza São João por mais de 20 anos), nem o orgulho puro e simples pelas Forças Armadas, mesmo porque abomino a forma abusiva, desproporcional, descabida, desmedida e injustificável como se deu a última revolução no Brasil com todos os AIs. Mas não posso deixar de pensar na última do governo Dilma que quer, porque quer, contratar médicos da pequenina ilha de Cuba. A correlação entre os médicos cubanos e guerrilheiros é inevitável, mas me corrijam se estiver errado. Vamos lá: em Cuba existem apenas duas Universidades de Medicina. A La Habana, que forma 200 médicos por ano e a Escuela Latino Americana de Medicina, que forma 100. Portanto, seriam 300 em 12 meses. O país é pequeno e muito carente e é surpreendente que eles queiram servir ao Brasil, um país continental, e que estejam com 'excesso' de médicos. Também nos surpreende o fato de a formação acadêmica ser duvidosa e, assim mesmo, o governo de dona Dilma insistir na contratação. Fico eu pensando com meus botões: será que o governo castrista não facilita a vida dos guerrilheiros, fazendo um upgrade para eles na aquisição de um diploma de médico, por exemplo? Será que o PT não quer formar células revolucionárias, bem ao estilo da presidente e vários de seus atuais asseclas? Por que as ligações deste governo estarem, sempre e despudoradamente, atreladas aos bolivarianos, em se tratando de América Latina? Por que 6.000 contratações de médicos (eles se multiplicam) a serem designados para pontos estrategicamente distribuídos pelas áreas carentes e/ou remotas do país? Estas são questões que deveriam estar presentes não só nas discussões de gabinetes militares, mas nas mentes e corações de todos nós. Afinal, o Brasil é nosso e não queremos perdê-lo nem para guerrilheiros em formação.

 

TUDO A R$ 0,20

O governo acaba de anunciar um corte de mais R$ 10 bilhões no Orçamento Geral da União para cumprir a meta de esforço fiscal. O contingenciamento (bloqueio) de verbas subirá de R$ 28 bilhões para R$ 38 bilhões em 2013. A presidente Dilma Rousseff discutiu os cortes no Orçamento com os ministros Guido Mantega, da Fazenda, Miriam Belchior, Planejamento, Gleisi Hoffmann, Casa Civil e Ideli Salvatti, das Relações Institucionais. Tudo muito afinado como determina um bom figurino institucional. Pena que quem manda mesmo não estava presente e a dívida interna e os gastos 'extras', aqueles ligados à corrupção, às mordomias e ao desperdício, não tenham entrado na pauta e nos cortes do governo e a população continuará com saúde, educação, aposentadoria, transportes e segurança  - sua vida mesmo - valendo vinte centavos.

EM QUEDA

A implosão do PT é inevitável e atingiu um nível crítico. Lá, ninguém se entende mais. Dilma não participou da última reunião onde o ex-deputado José Dirceu e os deputados paulistas João Paulo Cunha e José Genoíno, todos réus (?) da Ação Penal 470 - processo conhecido como 'mensalão' - foram excluídos da direção partidária. Quando se tem um partido ou um governo parecido com a Torre de Babel, o final é assim mesmo, se autodestruir e cair como as peças de um dominó. 

PEIXE FORA D'ÁGUA

Sei não. Alguém no Palácio do Planalto - ou nas cercanias da Comunicação Social - está derrubando mesmo a presidente Dilma Rousseff. Depois da longa viagem de avião e das duas horas e meia de percurso cumprimentando a população e outro tanto em pé, o Papa Francisco teve de aguentar um longuíssimo discurso político que incluiu clichês como justiça social, manifestações das ruas e ataques aos governos anteriores quando disse que o Brasil só avançou nos últimos 10 anos. A 'simpatia' da presidente ( vai disfarçar mal assim no Cenáculo e ao lado de Judas), com o riso forçado - outra de suas marcas registradas ao lado do constante mau humor - atropelou todo e qualquer protocolo, além de desrespeitar os quase 80 anos do Papa. No momento em que o país demonstra não aguentar mais os exageros da classe política, a corrupção, os desmandos, os serviços públicos de péssima qualidade e os comícios fora de hora, o governo, ou melhor, os governos federal e do estado e município do Rio de Janeiro promovem aquele festival de pura demagogia e atitude de irreverência para com o líder maior da Igreja Católica, a diplomacia presente e os milhões de brasileiros que assistiam tudo aquilo ao vivo, de corpo presente ou nos aparelhos de rádio e TV, talvez o objetivo maior para a montagem do palanque eleitoral extemporâneo.

 

IGREJA BOA

Do jeito que tinha político na fila de convidados para cumprimentar o Papa Francisco não seria de se estranhar até mesmo evangélicos 'convictos' tipo o deputado federal Anthony Garotinho por lá. Sabe como é, há menos de um ano para as próximas campanhas eleitorais e com a queda de popularidade do governador Sérgio Cabral, nada melhor do que beijar os pés do Sumo Pontífice da Igreja Universal num dia recheado de possíveis aliados.

FÉ NO PT

O maior rebanho católico do mundo está com déficit de padres. O governo petista de Lula e Dilma bem que podia criar o Programa Mais Padres (com direito à Bolsa Esmola, Minha Igreja, Minha Vida e Vale-Esmola) ou até mesmo importar alguns de Cuba, possivelmente, melhores que os médicos de lá. Quem sabe isto também não ajudaria a diminuir o avanço dos templos evangélicos?

NOVO PMDB

O PMDB, também conhecido como partidão e por ter, sempre, um pé em cada canoa', apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para que se reduza dos atuais 39 ( quase virou quarenta) para 20 o número de ministérios. Certamente, esta é apenas mais uma moeda de troca, um dos grandes lances do partido, sempre que as eleições se aproximam. No entanto, seria bom que o 'partidão' trabalhasse na reforma política com mais afinco e seriedade, reduzindo pela metade o número de vereadores, deputados e senadores, bem como dos servidores, as verbas indenizatórias e de gabinete, os planos de saúde e aposentadorias vitalícias e tantas outras mordomias que impedem milhões de brasileiros e brasileiras viverem melhor. 

 

 

GOVERNO ATOLADO

Em sua campanha, Tiririca, o ex-palhaço -, agora, deputado federal, dizia que pior não ficaria. Mas se enganou. Atolado no descrédito da maioria da população, o governo de dona Dilma está prestes a fazer água, despencando a economia ainda mais. Que ninguém se engane. Inflação e desajuste crescente no balanço de pagamentos já estão presentes no cenário brasileiro, apesar do crescimento pífio dos últimos dois anos e meio. Somados ao desarranjo fiscal, a expansão do crédito e os aumentos salariais acima dos ganhos de produtividade, denúncias de corrupção por todos os lados, gerando mais pessimismo nos investidores e a pressão das ruas são os últimos elementos para que o país perca posições e deixe de alardear ser a quinta economia do planeta.

 

 

 

PRA COMEÇAR A SEMANA

O verdadeiro homem mede a sua força,

quando se defronta com o obstáculo.

Antoine de Saint-Exupéry

JORNADA NAS ESTRADAS

Quem estiver devendo algo, nem que seja aquele IPVA atrasado, não deve se atrever a pegar estradas, principalmente, a BR-101 trecho fluminense. É que a Polícia Rodoviária Federal está com um efetivo de mais de 10 mil policiais para supervisionar as rotas nacionais e internacionais que levam ao Rio de Janeiro, onde acontece a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 23 a 28 de julho. A turma tá olhando 'tudo' e é bom a documentação e o veículo - além do condutor - estarem OK.

GRITO NA CÂMARA

Jornal de grande circulação fala da mordomia da Câmara Municipal de São Fidélis, interior do Rio, em colocar motorista e viatura para buscar um homem na Clínica Pro Oftalmo Microcirurgia Ocular em Botafogo. Isto não é novidade nenhuma pois até as crianças sabem que os legislativos tornaram-se - e isto há muitíssimo tempo - casas da mãe joana onde casuísmos, mordomias, filantropia com o chapéu alheio e, principalmente, submissão ao poder Executivo são regra. Se mandarem um vereador que nunca tenha errado atirar a primeira pedra, não fica um meu irmão. Mas não temos nada com isso, apesar de bancarmos a farra.

BARBÁRIE EM QUISSAMÃ

O país vem sendo tomado de assalto e ninguém escapa. Nem um pacato, longínquo e minúsculo município do norte fluminense. Seguindo esta linha, o gerente da agência do Banco do Brasil foi interceptado por uma falsa blitz da polícia federal, sequestrado e obrigado a entregar uma quantia ainda não divulgada. Mas não se pode culpar, exclusivamente, pessoas e instituições. É uma falha do país que não desenvolve políticas públicas de segurança que incluam mudança nas atuais leis. Enquanto o Congresso não se mobilizar, mesmo, vão continuar a barbarizar municípios pacatos, longínquos e minúsculos como Quissamã.  

INFERNO DAS OPOSIÇÕES

A presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, despencou nas pesquisas de opinião pública. Mas agora parece que estabilizou nos 30%. Os outros aparecem com míseros pontos, com exceção de Marina que tem 22%. Lula, também do PT, teve 40 em sondagem similar. Por isto, em grandes rodas de empresários e políticos, a possibilidade de o ex-presidente ser candidato com Eduardo Campos como vice é dada como a mais provável já que o PT ainda mantém números favoráveis. Resta saber o que os 'de fora' pensam.

JANTARZINHO PEEMEDEBISTA

Se existe um partido político que retrata bem a arrogância, o casuísmo, a Lei de Gérson ( leve vantagem em tudo você também) e o pouco caso em tratar com seriedade os graves problemas nacionais é o PMDB. Composto pelos 'caciques mais experientes' e pelas maiores bancadas no Congresso - o que se tornou tradição por lá - o partido quase sempre coloca seus interesses pessoais em primeiro lugar, lixando-se para leis e para a opinião pública. Esta semana, mesmo, o presidente da Câmara, Henrique Alves, gastou R$30 mil em um jantar para aproximadamente 80 pessoas, entre elas o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, os ministros Garibaldi Alves (Previdência) e Antonio Andrade (Agricultura), todos, claro, do PMDB. Mesmo que no cardápio constasse discussões políticas sobre o que vem ocorrendo no país, com manifestações de norte a sul pedindo o fim da corrupção, ainda assim não se justificaria os gastos extras que incluiram dispensa de licitação na contratação de buffet, mais um exemplo de que o partido não está nem aí para a população e faz o que tem de ser feito para agradar aos seus.

 

NÃO SABE DE NADA

Lulinha, paz, amor - e humor -, (trans) escreveu em sua coluna no The New York Times que os últimos movimentos ocorridos no Brasil são resultado de sucessos na política, no social e na economia, principalmente nos últimos 10 anos de governos petistas, em que houve redução da pobreza e da desigualdade. Ressurgindo agora, quando a popularidade da presidente Dilma está em grande declínio e querendo que o mar continue a pegar fogo para comer peixe frito, Lulinha, o 'articulista', continua querendo enganar o mundo negando que o verdadeiro motivo da insatisfação popular é a corrupção. Aquela que cresceu, justamente, na última década, cujos mensalões continuam assassinando pessoas nas ruas e hospitais, além  dos sonhos de uma aposentadoria e educação melhores.

MATEUS, PRIMEIRO OS MEUS!

Interessante como algumas pessoas mudam de postura quando levam vantagem. Antigos porta-vozes da transparência, da dignidade e da moralidade, principalmente, com o dinheiro público, se esquecem de tudo quando um dos seus 'entra na panela'. Aquilo que era ilegal, tipo nepotismo, desvio de recursos e roubo escancarado, passa a ser apenas uma consequência da mudança que defendem como o melhor para o lugar  onde vivem  ( muitas vezes nem lá moram). Este continua sendo o principal problema do país que passa pelo pior momento, onde pessoas assim querem se dar bem ou ver defendidos os interesses da famiglia.   

BOLSA PASSEATA

As centrais sindicais, chanceladas pelo PT, acabaram de criar o Bolsa Passeata. Igual ao Bolsa Família, ele dá R$ 70 para quem participar de manifestação. Lembra muito o movimento pró-royalties que alguns pagavam a quem fosse gritar O 'Petróleo é Nosso' no Rio de Janeiro. Agora é só esperar a criatividade dessa gente e ver qual será a próxima jogada. Desocupados e espertos agradecem.

CORRUPÇÃO HEDIONDA

Sabe aquele festival de propaganda, marketing e merchan (merchandising ) despejado em horário nobre das TVs como o do Friboi estrelado pelo ator Tony Ramos? Ele custa uma fortuna, mas isto é apenas um detalhe pois, dizem, um dos donos da empresa é muito influente, rico e de uma sorte parecida com a daqueles deputados que dizem ganhar sempre o prêmio máximo das loterias. Trata-se de Lulinha, filho de Luiz Inácio Lula da Silva, que logo que o 'papai' virou presidente comprou uma fazenda de R$47 milhões, tornou-se um dos maiores produtores de gado Nelore e, pela 'competência', sua fazenda foi a primeira a receber o certificado de exportação de carne para a Europa.

PELEGADA

A cada dia ou a cada eleição sindical que passa torna-se mais óbvio o porque de as disputas serem decididas à bala. Basta ver a mamata em que os sindicatos se transformaram com as burras cheias e a 'aristocracia pelega' em alta com seus privilégios, entre eles altos cargos políticos como o de presidente de uma nação de milhões de pessoas obrigadas a contribuir com mais um imposto que não lhe traz nenhum benefício. Mas essa gente não nos representa e isto ficou claro na manifestação do dia 11 quando as centrais sindicais não contaram com o verdadeiro apoio popular (aquele da saúde, educação, segurança e transportes melhores), justamente por estarem de braços dados com um governo que banca suas farras e, de quebra, acoberta suas falcatruas e aquela excrecência chamada de contribuição sindical. Aliás, você sabe o que é feito com a sua?

SEM PROGRESSO

O secretário Estadual de Transportes, Júlio Lopes (PP-RJ), que teve votos em Niterói e até no pequenino Quissamã, por exemplo, e não faz nada por estes municípios - parece que pelos outros 90 também - não procura nem diminuir as filas nas Barcas, enormes e diárias. Fica nítida sua proteção à concessionária e que não está nem aí para os usuários. Mas, como diz Seu Creysson, ano que vem 'seus pobrema acabaram' pois haverá mais bobinhos a votar em Lopes e muitos outros acostumados a nada fazer.

 

QUISSAMÃ NA MÍDIA

Não sei se o grito de nosso movimento,Vem, Pezão, foi ouvido pelo Palácio Guanabara. Mas, certamente, ecoou até a Câmara de Quissamã pois já tem representante de lá dizendo que 'vai entrar na luta pela melhoria da RJ-178' ( clique para saber mais). Isto é bom e ajuda a reforçar a corrente daqueles que usam, diariamente, a rodovia que, quando, chove, se transforma num grande desafio e perigo constante. Agora, superados os traumas do mérito ( não poder encampar 'pitacos'), a turma do legislativo quissamaense bem que podia aproveitar outras ideias como a retomada do Programa de Doação de Sangue com possibilidade de unidade transfusional, melhor aproveitamento do Relógio do Sol, wi-fi gratuito, plano de saúde, regime estatutário, bolsa de estudos ( pós graduação) e licença-prêmio e quinquênio para os servidores, investimentos no setor turístico e alguns outros elencados aqui há bastante tempo. Afinal, é dando que se recebe.

ESPIONAGEM: LÁ E CÁ

O tal do Edward Snowden, ex-técnico da CIA, pode até sofrer de algum tipo de transtorno megalomaníaco ou de paranoia mas o Brasil não pode deixar de apurar denúncias de espionagem do governo americano. Se ele diz que os EUA possuem um programa de vigilância secreta e invadem nosso sistema de comunicações, deputados e senadores devem exigir explicações de lá e de cá, pois ambos estão (mal) acostumados a bisbilhotar nossas contas bancárias, nosso local de trabalho, operadoras e redes sociais. No entanto, não se pode desviar a atenção da população para o principal foco que é a corrupção, a roubalheira institucionalizada, educação, saúde e segurança que deixam muito a desejar e, claro, os vinte centavos de um sistema de transportes capenga que deu seu importante grito de guerra.

PRA COMEÇAR A SEMANA

Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar a todas por todo o tempo.

" Abraham Lincoln".

QUEM TEM...

Tem medo... Pensando assim, o Congresso Nacional correu para aprovar projetos ligados à corrupção há muito tempo engavetados numa tentativa de limpar a barra. Mas 'a gente não quer só comida'. A gente quer comida, diversão e arte. A gente quer saída para qualquer parte'. Ficam faltando a ficha limpa para todos os servidores públicos ( botando, logo, pra fora quem não é), longas prisões para corruptos sem direito a direitos que outros não têm, diminuição no número de vereadores ( essa gente produz muito pouco para a gastança feita) e deputados (513 é demais, sonhava Clodovil), diminuição da dívida interna, repatriação de todo dinheiro desviado por detentores de cargos públicos (não importa quem, quando e se já saiu), fim das falsas pesquisas sobre inflação e centenas de outros arquivados por extrema conveniência e puro corporativismo da classe responsável pela maior onda de corrupção vivida no país desde o fim da monarquia. Aliás, este período vai ficar marcado como o da República dos Ratos Saqueadores pois nunca se roubou tanto em tão pouco tempo.

POLÍTICOS CEGOS ( NÃO DIGAM QUE NÃO SABEM)

SEM IDOLATRIA

O governo de dona Dilma tem feito uma porção de piiiiiiiiiii. Tem se omitido, feito vista grossa para  saques aos cofres públicos e à bisbilhotice do Tio Sam ( não diga que também não sabia), perdoado dívidas de países africanos enquanto milhões de pessoas passam fome ou têm de continuar submetidos aos bolsas-esmola, acobertado mensaleiros, interferido nos poderes e tantas outras piiiiiiiiiiiii que fica difícil enumerá-las em tão curto espaço. Mas no chamado Ato Médico - que define o exercício da medicina no país- a presidente e sua equipe parece terem acertado. Por mais respeito e reconhecimento que tenhamos, médicos não são deuses e não podem continuar com a exclusividade quando o assunto é agilizar procedimentos que diminuam o sofrimento humano. Psicólogos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas, por exemplo, também estudaram - e muito - para, numa espécie de capricho, ficarem impedidos de adotarem procedimentos garantidos por lei,  melhorando a saúde pública brasileira tão doente.

SIGAM-ME OS BONS

De todos os nossos leitores declarados do artigo 'Altos Voos', publicado, ontem, aqui, no portal do Senado e também nos jornais O Estado de São Paulo e O Globo ( Campos, Macaé e Quissamã continuam censurando ), o que mais nos lisonjeou foi o senador Randolfe Rodrigues, do PSol/Ap que diz 'concordar plenamente conosco'. Sua postura de enfrentamento e maneira de versar sobre os principais temas nacionais que afligem a população - principalmente, a mais humilde- , por si só, é um exemplo que deve  ser seguido.

COISAS DO INTERIOR

A sessão de ontem na Câmara Federal foi, no mínimo, curiosa. Papai Garotinho circulava por gabinetes e corredores do Congresso com a filha Clarissa, deputada estadual fluminense, apresentando-a a todos e falando só Deus sabe o quê. Mais engraçado foi desfilar com ela pelo plenário em sessão presidida por Paulo Feijó que a elogiava no microfone meio sem jeito. Todos, devidamente, chancelados pelo Partido da República (PR). Coisas do Brasil. Coisas da República.

IMPORTAR VERGONHA

Dona Dilma quer mandar médicos 'importados' para o interior do país como solução para o problema da saúde. E os dentistas, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, advogados, administradores, engenheiros, (desculpe se esqueci de outros profissionais)? Vamos parar de administrar placebos, presidente. Dê o exemplo, parando de frequentar - tal qual seu criador - o Hospital Sírio Libanês e procurando o sistema de saúde de Quixeramobim, por exemplo. Nosso problema, Dilma, é a corrupção, o desvio de verba e de conduta, o superfaturamento e, principalmente, a falta de vergonha dessa gente acostumada a fazer tudo isto e continuar rindo na - e na - cara do povo brasileiro.

SEM SAÚDE

Circula pelas redes sociais o desabafo de uma médica do interior. Trata-se de Fernanda Melo, médica e moradora de Cabo Frio, cidade litorânea do Rio de Janeiro e que recebe milhões de reais provenientes dos royalties do petróleo ( fora outros repasses). Com sete anos de formada diz que "já passou por cada situação...". Comprou comida e remédio para doente, viu mãe e seu filho doente dormirem na mesma maca, esperou 12 horas por um simples hemograma e já perdeu pacientes antes de conseguir uma mera ultrassonografia. Viu luva descartável ser reciclada e deixou de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque não tinha exame complementar que justificasse o pedido.  E o pior: teve de escolher, direta ou indiretamente, quem deveria viver. E morrer! Mas isto, cara doutora, não acontece só com você e nesta cidade, não. Em todo interior a política da saúde está nas mãos dos políticos que manipulam resultados, omitem dados, contratam profissionais muitas vezes despreparados e ligados às últimas eleições, desviam recursos quando não os colocam nos bolsos e se aproveitam da desgraça alheia ( doença é a desgraça alheia pra eles). A conversa fiada de que os médicos cubanos, europeus ou vindos de Marte não cola mais e os gestores sabem muito bem.  O problema do interior - e Brasil todo - não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Principalmente, da presidente, dos governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores.

APENAS O COMEÇO

A onda moralizadora que se espalhou pelo Brasil tem feito alguns estragos na corrupção e no roubo aos cofres públicos. Mas ainda está bem longe de ser um tsunami. A repatriação de R$ 15 milhões desviados pelo ex-juiz Nicolau Lalau durante obras do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, a condenação do senador Jader Barbalho - ele terá de ressarcir R$ 2,5 milhões por apropriação ilícita de recursos da Superintendência da Amazônia - e a prisão do deputado Natan Donadon ganharam as primeiras páginas deixando preocupados aqueles acostumados a levar vantagem em tudo como determina a ainda atual - e infeliz - Lei de Gérson. Devolver dinheiro e colocar picaretas atrás das grades é sempre bom, no entanto é necessário uma reforma política profunda, além de  mudança na própria Constituição que desestimule a prática de corrupção e acabe com a impunidade e imunidade hoje práticas comuns entre os poderes da República.
 

ALTOS VOOS

Os medalhões da República têm dado voos cada vez mais altos com amigos e parentes. E de graça. De graça, não. Graças aos tributos que pagamos. Embarcaram nessa os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara, Eduardo Alves e até do STF, Joaquim Barbosa. Mas a farra não fica só no Legislativo e no Judiciário. O governador do Rio, Sérgio Cabral, utiliza  helicópteros oficiais para tudo, inclusive para distâncias curtíssimas que poderiam ser feitas de carro ao custo aproximado de R$3. Para se ter uma ideia, cada decolagem não sai por menos de R$3 mil. Depois querem que a população fique quieta aceitando referendos, plebiscitos e outros discursos que não colam mais.

VISTA GROSSA

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, começou o mandato com o pé na tábua para importantes contatos políticos, choque de ordem em vários bairros da cidade, realização de convênios e parcerias e aquilo que chamou de enxugamento da máquina administrativa trazendo economia para os cofres públicos. E nós aplaudimos muito aqui. Mas em relação ao centro e ao mercado paralelo ali instalado, inadequadamente, ele e sua equipe parece terem colocado o pé no freio. Quem passa por lá quase não consegue transitar sem esbarrar em alguns ambulantes instalados vendendo produtos made in Paraguai. Tem um na Visconde do Uruguai que passa o dia esparramado numa poltrona oferecendo cds, dvds e congêneres. Sobra – ou não sobra - até para os deficientes visuais, pois tentam se utilizar das marcações ( aquelas amarelas ) específicas para este fim e, não raro, esbarram naquele tragicômico espetáculo.

 

PULE DE 10

Se acontecer um plebiscito para saber o que pensa a população sobre a classe política brasileira, do tipo sim ou não para a reeleição dos atuais detentores de mandato ou fim de seus muitos benefícios, a resposta, pelas últimas manifestações, será óbvia e ululante, diria Nélson Rodrigues. O mesmo acontecerá em relação ao fim da maioridade, adoção de penas mais severas, pelo menos para crimes hediondos – inclusive para os corruptos, de fato e de direito – e obrigatoriedade para o cumprimento da Constituição federal onde direitos e deveres sejam mesmo respeitados com penas reais para quem os descumprir. Mas isto não acontecerá, pois os políticos sabem que o placar será dilatado sepultando de vez suas futuras pretensões de exercerem um mandato voltado para os próprios interesses. E correr risco, eles não querem. Nós, também não.

SERVIÇO AO PÚBLICO

Dados do IBGE revelam que apenas 62,6 % dos servidores públicos brasileiros são estatutários. São 6.280.213 sob um regime que confere uma série de benefícios aos contratados, entre elas, as licenças-prêmio e a estabilidade no cargo. Os outros são empregados públicos e regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), portanto, sem algumas das vantagens dos estatutários. Já que prestam, todos, um serviço ao público, não chegou a hora de se usar a mesma regra para todos, adotando um estatuto e um regime jurídico Estatutário cuja relação de trabalho é regulamentada por Lei? Que tal os vereadores de Quissamã e Niterói, por exemplo, pensarem no assunto? Que tal os servidores usarem seus sindicatos ( caso tenham) para fazê-lo?

 

PRA COMEÇAR A SEMANA

Saiba, pois, quando se ganha muitos estão a teu lado, mas quando se perde ficam somente os verdadeiros.           
(Claudiney Ribeiro)     

GOVERNOS QUE CAEM

Finalmente aconteceu. Derrubaram Mohamed Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito do Egito. A Constituição foi suspensa e o chefe da Suprema Corte de Justiça do Egito, Adli Mahmud Mansour, tomou posse, ontem, como interino. Quando visitamos o país, há cerca de um mês, a 'revolução' podia ser sentida em cada rua que percorríamos e no rosto das pessoas insatisfeitas com o governo. A foto mostra um pouco disto e nossa apreensão com o que estava porvir. Foi a segunda vez que assisti, de perto, coisa assim. A primeira foi a deposição de Stroessner, ditador paraguaio que, em 1989, vi cair ao som dos tiros dos tanques e grito nas ruas. 

(ao fundo, o Palácio do Governo, no Cairo)

SERVIÇO LIMPO

A voz das ruas parece ter incomodado, mesmo, ao Congresso Nacional, levando seus representantes a trabalhar mais e votar projetos e emendas importantes para o país há anos engavetados. O medo de os manifestantes atingirem em cheio as pretensões políticas no próximo ano vem tem feito que deputados e senadores queiram moralizar a Casa cortando interesses na própria carne. Como na aprovação da ficha limpa para o serviço público, ao impedir que brasileiros e estrangeiros em situação de inelegibilidade sejam nomeados para cargo efetivo ou exerçam cargo em comissão e função de confiança. Todo mundo sabe que o órgão público, em todas as esferas, é um grande cabide a abrigar indicados por políticos que, por sua vez, tornam-se seus cabos eleitorais. Todo mundo sabe, também, que a origem dos 'apadrinhados' nem sempre é muito confiável, levando a um círculo vicioso. O que ninguém sabe é se a nova lei será cumprida obrigando prefeitos, governadores e presidente da República a colocar logo pra fora condenados (mais conhecidos como roubadores do dinheiro do povo) em decisão colegiada da Justiça, mesmo que o processo não tenha transitado em julgado. Mas é bom que essa gente abra bem o olho, pois o número de fiscais, agora, é milhões de vezes maior.

MANIFESTAÇÕES NO EGITO

Outro dia, ao parar para fazer uma foto nesta praça de Alexandria, onde tem a estátua do ex-presidente egípcio Abdel Nasser (um dos líderes mais carismáticos do movimento terceiro-mundista que governou o país de 1954 a 1970), não imaginei ver o Egito mergulhado numa  guerra civil em tão pouco tempo. A Terra dos Faraós e das Grandes Pirâmides atravessa um momento muito delicado (sentia-se isto ao andar pelas ruas, principalmente, do Cairo) e as manifestações só deverão trazer, além das mortes  entre irmãos, novos problemas para um povo já tão sofrido. 

PREFEITO CORAJOSO

O prefeito de Miracema, pequena cidade fluminense, acaba de ganhar um 'prêmio' dos vereadores de lá. A Câmara Municipal conferiu ao alcaide uma moção de repúdio por tê-los chamado de inertes. O que ele teve foi coragem de dizer uma verdade pois a submissão dos legislativos e a capacidade de não fazerem muita coisa importante mereceu - e merece, na maioria dos casos -  o adjetivo com o qual concordo em qualquer outra flexão.