quarta-feira, 7 de outubro de 2015

TOMADA DE DECISÃO

A todo momento, toma-se decisões. Este é um ato que todos praticam, diariamente, o tempo todo.  Pode-se até mesmo tomar a decisão de não tomar nenhuma decisão. Como se vê, dela ninguém escapa. Sendo assim, tomar decisões eficazes é uma das competências mais importantes que uma pessoa pode desenvolver e, para tal, deve-se ter habilidade. A decisão tem algumas características, entre elas, o aumento da segurança e da confiança quando tomada; quanto maior a responsabilidade, maior é o impacto; cada vez mais vem acontecendo de forma rápida; permite maior competitividade e costuma atrair atenções e interesse ( muitos, aliás), além de ser essencial para momentos de crise. Existem quatro grandes tipos de decisões a serem tomadas no nosso dia a dia. As intrapessoais ou individuais, quando só afetam o meu bem estar e o de mais ninguém; as interpessoais, que afetam também o bem estar de outras pessoas; as de grupo, que precisam ser tomadas por grupos de diferentes formas e tamanhos e as organizacionais, decisões que podem ser tomadas por pessoas ou grupos, mas que impactam os resultados no seu dia a dia. Há de se considerar, ainda, que independente do tipo de decisão a ser tomada, existem dois grandes aspectos para uma boa escolha: pessoas e processos. Portanto, deve-se pensar bem antes de partir pro ataque. Pensar bem antes de agir. Pegando exemplos concretos, analisemos a reforma - ou tentativa - do governo Dilma Rousseff ao reduzir em oito o número de ministérios, incluindo a extinção e fusão de pastas e a realocação de titulares dos ministérios, propiciando, segundo suas próprias palavras, 'o reequilíbrio fiscal, o controle da inflação e consolidar a estabilidade macroeconômica aumentando a confiança na economia'. A decisão, que não deixa de ser extremamente delicada, difícil mesmo, nos parece ter como alguns dos objetivos aplacar, um pouco, a ira do PMDB, aumentando a governabilidade (o famigerado toma lá dá cá que, por enquanto, está só no toma lá) e a margem de aprovar projetos importantes para projetos maiores do PT, levá-la a melhorar os péssimos índices de popularidade e ganhar tempo até poder colocar novas estratégias em campo como um grande plano B para fugir do fantasma do impeachment. Ah, e levar ao esquecimento de alguns dos grandes escândalos nacionais, com o surgimento de fatos novos (ha ha ha). Foi certa? Precipitada? A presidente agiu mal? Ainda não se sabe, mas, apesar das grandes diferenças ideológicas e comportamentais, por exemplo, entre nós, acredita-se que a presidente, com a participação secundária de seu staff ( vivemos num regime presidencialista e isto nele é assim) tomou uma decisão. Se vai acarretar em sucesso, levando o país a voltar a crescer, só o tempo dirá. Mas, pelo menos, está se tentando algo e fazê-lo é sempre melhor do que se ficar parado esperando que milagres aconteçam.