quarta-feira, 4 de novembro de 2015

OSSOS DO OFÍCIO

Prometi, a mim mesmo, e a diversos de nossos seguidores, postar, hoje, algo que não fosse direcionado à corrupção, ao fracasso do atual governo, ao Petrolão, à Lava Jato e seus protagonistas principais, à falta de humildade e de capacidade da presidente Dilma Rousseff em falar e cumprir o que fala, além de saber o que fazer em momentos como estes, ou não, - pressupostos básicos para correção de rota -, aos excessos e desmandos da 'cumpanheirada', às pedaladas, ao rombo nas contas públicas, aos projetos e pontes 'milagrosos' apresentados pelo PMDB (cabeça, tronco e membros do governo até o presente), enfim, a maior onda de roubalheira enfrentada pelo povo brasileiro, pelo menos, as noticiadas e que não são culpa nem da imprensa, nem da oposição que, aliás, não inventaram nada disto, muito menos foram responsáveis, por exemplo, pela política econômica desastrada e pela forte crise institucional vivenciada por brasileiros e brasileiras. Prometi, ainda, não referir-me aos petistas e empresários envolvidos nos escândalos nacionais, matéria de capa em jornais do mundo todo, como corja de ladrões e traidores da pátria, mesmo sendo eles tanto ou tão piores que estes, pois suas ações vêm provocando aumento da criminalidade e muitas dificuldades para dezenas de milhões de pessoas que  perdem seus empregos, vivem à custa da especulação, da inflação e com a volta de fantasmas das contribuições sobre movimentações financeiras ( para colocar no lugar parte da pilhagem praticada nos últimos 13 anos - e viva o 13!) ou não conseguem sobreviver dignamente com os salários que recebem no fim do mês devorado pela falta de escrúpulos desse grupo preocupado, única e exclusivamente, com o projeto ambicioso de poder voltado para destruir o país e, quem sabe, entregá-lo ao capital internacional que já começa a intervir retirando daqui investimentos para depois comprá-lo a preço de banana. Sem trocadilho ou alusão a sermos o país das bananas. Também não devo, - e promessa é dívida - para não parecer perseguição ao PT, exaltar a fala do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, quando, nos muitos espaços nobres concedidos nos últimos dias, tem lembrado que quem entra para a vida política tem de ter muita firmeza interior, ser responsável pelos seus atos, qualidades e atribuições que seus sucessores parecem não ter. E para que não deem conotação de propaganda política social-democrata, apesar de ser este um partido de muitas conquistas e valorosos representantes. Para terminar, também não falarei em impeachment, renúncia e coisas do gênero, pois prometi, hoje, não bater na mesma tecla, tampouco, insinuar que deve-se acuar a presidente 'só' porque não consegue seguir os preceitos constitucionais de legalidade, ética e competência na administração da coisa pública (e isto inclui não roubar e não deixar roubar) e, por ela e o partido, chafurdarem na lama da corrupção, flertando com suspeitos de corrupção, quando deviam agir segundo a expressão de Júlio César( 60 a.C) de que não basta que a mulher de César seja honrada, é preciso parecer honesta. Entretanto, os tais do ossos do ofício e do dever cívico me fazem quebrar a promessa de não apontar, aqui e agora, tanta ilegalidade, tanto saque, tanto roubo indiscriminado de bens alheios como parte de uma vitória política.