quarta-feira, 18 de maio de 2016

JOGO FEITO

Aparentemente, o país se livrou do maior projeto criminoso de poder. Pelo menos, espera-se que, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff e grande parte da corja que a ajudou a conquistar o título de governo mais impopular, incompetente e corrupto da história, a torcida por Michel Temer e pelo grupo que o levou a encarar o desafio de recolocar o Brasil no rumo valha à pena. Exceção a alguns poucos cães raivosos do PT, PDT e PC do B, principalmente, deputados e senadores que insistem em chamar de golpe a parte da Carta Magna que trata de se substituir o chefe do Executivo quando ocorrer crimes de responsabilidade (caso em questão), a maioria dos brasileiros e brasileiras tem acreditado no 'novo governo', nas propostas que começam a ser delineadas, na capacidade de seus integrantes, na possibilidade de voltar a ter uma inflação abaixo dos dois dígitos, nos empregos de volta, enfim, no crescimento e na expectativa positiva de recuperar o tempo e o dinheiro jogados fora nos últimos anos. E quando se trata de alcançar tanta coisa, em um espaço tão curto e com um rombo tão grande - auditores já falam em mais de 100 bilhões de reais - o próprio presidente Temer, do alto de sua vida pública, tem reiterado que os próximos trinta dias são cruciais, dando sinais para o mercado e investidores internacionais de que vai segurar o país, não deixando que afunde ainda mais por causa do maior legado de Dilma que foi a recessão econômica. Causada pelos compromissos de campanha. Por causa da retribuição dos favores, da máquina pública a favor dos 'companheiros', das pedaladas e dos muitos crimes. Por causa da roubalheira. A tarefa é árdua, disto todos já sabem, há muito. Pacificar o país, dividido, atualmente, pelos diferentes vieses políticos e conquistar a volta da credibilidade não será fácil, ainda mais quando se trata de fazê-lo em menos de 180 dias, prazo para as coisas acontecerem, não permitindo que a antiga situação, agora na oposição, se assanhe e recupere a condição de voltar a fazer tudo de novo. Aliás, fazer o que não fez e não fará mais porque não consegue. Não roubar, não deixar roubar e tirar o Brasil da condição de miserável político e, graças a ela, com uma economia claudicante. E para que a desgraça não seja maior, o 'chefe' começou bem ao determinar uma limpa em todos os altos cargos de confiança nas pastas, diminuição de ministérios, carta branca para o 'superministro' da Fazenda, Henrique Meirelles - cuja confiança do mercado já valeu a queda do dólar e valorização da bolsa de valores -, a montagem do consórcio PSDB-PMDB, escalando os senadores José Serra e Romero Jucá para monitorar o humor dos colegas e não haver surpresa no julgamento final do impeachment (a vantagem hoje é de um voto) e outras importantes medidas que lhe permitam, por exemplo, promover o crescimento e, como de bobo ele não tem nada, pensar até na reeleição.