quarta-feira, 7 de junho de 2017

PSICOPATAS, SIM!

Dia destes, usei várias metáforas para classificar a corrupção quase institucionalizada no País. Que era um carcinoma que precisava ser extirpado o quanto antes, que Brasília (leia-se Praça dos Três Poderes) vinha sendo a principal responsável por uma 'quase pandemia', tamanho mal propagado por todos os lados e em todas as direções e, principalmente, que a maioria dos políticos sofria de um transtorno de personalidade chamado de psicopatia. Esta última, muito mais para uma verdade inconteste do que para uma figura de linguagem, causou um certo reboliço, haja vista um dos muitos feedbacks apontar numa outra direção tentando colocar no mesmo balaio (de ladrões) protagonistas como leis frágeis, o próprio cidadão/eleitor, etc. Mas o que vêm fazendo os 'legítimos representantes do povo' quando, eleitos, procuram todos os meios e maneiras para conquistar poder e dinheiro (não necessariamente nesta ordem? Quem são eles? Do que são capazes (bom tema para o Globo Repórter, não?). Peguemos a definição do psiquiatra americano Hervey Cleckley: psicopatia "é um conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos. Encantadores à primeira vista, os psicopatas, geralmente, causam boa impressão e são tidos como 'normais' pelos que os conhecem superficialmente. No entanto, costumam ser egocêntricos, desonestos e indignos de confiança. Com frequência, adotam comportamentos irresponsáveis pelo fato de se divertirem com o sofrimento alheio, não sentem culpa, sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas e, raramente, aprendem com seus erros ou conseguem frear seus impulsos, ..." E a mitomania, que merece um capítulo à parte? E as respostas às 82 perguntas feitas pela Polícia Federal ao presidente posto, quase deposto, Michel Temer, mais um escárnio previsto - e protegido - pela Constituição? Quem tem um cenário como o caos vivido por milhões de brasileiros e brasileiras, uma crise política como a atual e personagens que se encaixam, perfeitamente, no perfil acima não tem dúvida: além de ladrões, sem qualquer escrúpulo, ética, moral ou preocupação com o País, os políticos, com as raras e devidas exceções, são, sim, doentes mentais que precisam ser tratados com aplicação de drogas fortes (como a cassação), internados em instituições sérias (prisões de segurança máxima), sob a prática terapêutica que os faça revelar o que sabem (delações, depoimentos e grampos telefônicos e imagens), a devolver o produto subtraído (dinheiro público) e tendo alta só depois de dignos de alguma confiança (inelegíveis).