sábado, 1 de julho de 2017

SEIS POR MAIA DÚZIA

Além da crise que é grave e todos querem saber quando - e se - passa, outra questão que não sai da cabeça de boa parte de brasileiros e brasileiras: e se o Temer cair? A possibilidade de o presidente, que assumiu após um impeachment muito mais político do que por problemas financeiros, por exemplo, (não que o País estivesse vivendo num mar de rosas, como num mosteiro beneditino e erros gravíssimos não tenham ocorrido, aos montes, provocados pelo projeto de poder), sofrer o mesmo destino de sua antecessora e ex-aliada é tão real e possível quanto a de que a corrupção não acabará nunca no Brasil e no mundo. Ela é inerente ao ser. Pelo menos à maioria constituída de pessoas sem escrúpulos e, principalmente, contaminadas que se deixam levar, desde seu surgimento, pelos pecados originais, que explicam a origem das imperfeição humana e pelos capitais como a soberba, a avareza, a soberba, a avareza, a luxúria, a inveja a gula, a ira, a preguiça, a heresia e a mentira que, aliás, e por isto, costumam infestar os meios políticos do Brasil. Mas, vamos aos fatos. Segundo a Constituição Federal, com a queda do peemedebista, quem assumirá(ia) o cargo interinamente será(ia) o presidente da Câmara dos Deputados (se a Lava Jato não atrapalhar seus planos), Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ou seja, uma autêntica mudança de seis por MAIA dúzia, mesmo que durante pouco tempo pois o 'cara' representa o mesmo, as velhas práticas de salvar o que interessa, o corporativismo, deixando o público desculpem o termo, na privada. Como o "Brasil não pode parar', dizem os experts em economiques - e politicagem, o então 'presidente' terá(ia) até 30 dias para desorganizar as Casas, ops, promover eleições no balcão, digo, no Congresso Nacional para presidente e vice onde os 'eleitores' serão(iam) os 513 deputados e 81 senadores, ou seja, grande parte da escória que provocou a derrocada do País e a possível derrubada de Dilma e Temer. Detalhe: se nada mudar - sabe como é, eles costumam mudar tudo a seu bel-prazer - só poderá (ia) participar da armação, ato falho de novo, do pleito, brasileiros com mais de 35 anos, filiados a partidos políticos e que não estejam enquadrados em qualquer uma das restrições da Lei de Ficha Limpa. Há, ainda, a alternativa de a presidência da República provisória, até a escolha de alguém para ficar até o fim da atual gestão, cair nas mãos da ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), caso Rodrigo Maia, primeiro na linha sucessória e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), segundo na mesma linha - torta, é bem verdade - sejam (fossem) impedidos de assumir o cargo. Finalmente, no dia 02/10/2018, vislumbrar-se-á um mundo lindo e maravilhoso com gente nova, sangue novo e uma forma de fazer política bem diferente de hoje (claro, se a população para de sonhar e de querer levar vantagem em tudo, certo?). Como se vê, é o mais puro samba do afrodescendente com problemas mentais. Se ficar o bicho pega...Faltando pouco para alguns dos desfechos imaginados, inclusive pela Justiça e por anarquistas, graças ao seus muitos deuses, nós, os simples mortais, que pagamos a mais alta taxa tributária - talvez, desigual - do planeta e votamos em urnas eletrônicas abominadas por outros tantos, ficamos na expectativa de ver, quem sabe um dia, mudanças que permitam dias melhores e um Brasil verdadeiramente de todos.