quarta-feira, 1 de agosto de 2018

BRASIL SEM RATOS

Recentemente, entrei no mundo fascinante, incomparável, emocionante e mágico dos avós - aquele que ouvia-se falar que era bem diferente de outra maravilha chamada pai e mãe ("o avô é pai duas vezes e a avó é mãe duas vezes", como disse o Papa Francisco dia desses) - e, ao procurar desenhos através de plataformas de compartilhamento de vídeos para distrair uma das mais valiosas dádivas a nós oferecidas por Deus (o Youtube desempenha um relevante e quase imprescindível papel também nesta hora), deparei-me com um antigo mas que marcou nossa gerações: O Flautista de Hamelin (O Flautista Encantado, fábulas Disney). Nele, apesar das muitas versões criadas a partir da obra do irmãos Grimm, a fábula diz respeito, basicamente, a uma severa infestação de ratos na cidade de Hamelin (Alemanha) e o que o flautista - contratado pelo prefeito da cidade que vivia sendo pressionado pela população - fez para acabar com o problema, ou seja, tocou sua flauta encantada, hipnotizou todos os ratos, afogando-os no rio. Enquanto o netinho, aparentemente, 'se entretia' (o desenho é antigo e bem fora dos padrões atuais exibidos nos tablets, smartsphones e TVs da garotada) e, apenas para não perder o costume de comparar ficção com realidade, comecei a ver que aquela cena de acabar com os ratos, de extirpar o mal para proteger a vida dos cidadãos, se aplica à política nacional, à Justiça e à necessidade que o povo brasileiro tem em ter seu País de volta, sem tanta corrupção, tanto desmando, tanta coisa errada, tantos desvios sendo cometidos de todas as naturezas. Inevitável, também, pensarmos no que tem sido feito até agora (muito aquém do ideal, claro), por exemplo, com a retirada de circulação de alguns 'ratos' da política, como o ex-presidente Lula, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ex-presidentes da Câmara federal, Eduardo Cunha e da Alerj, Jorge Picciani, sem falar nos muitos senadores, deputados, prefeitos, vereadores, conselheiros de tribunais de contas e outros ratos que ainda precisam ser 'encantados pelas flautas mágicas' de juízes como Sérgio Moro e outros que vêm tentando conduzi-los, ao invés de rios profundos e de águas turbulentas, para  dentro de celas bem escuras e sujas. E cheias de ratos de verdade, mas que, mesmo assim, fazem muito menos mal que os temíveis roedores.