Finalmente, sem trocadilhos (se
bem que não faltam motivos pra isso nos últimos tempos), o cadáver
ambulante, disfarçado de presidente da República, Michel Temer, resolveu
fechar a tumba de seu governo. Ele acaba de sancionar o reajuste para
os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovado, por eles
mesmos, no início do mês, levando a um caos, ainda maior, para o próximo
chefe do Executivo em se tratando de gastos quase incontroláveis - se é
que num governo como este, sem nenhum planejamento ou preocupação com o
futuro da Nação isto seja relevante - já que o aumento de 16,38%
representa um gasto aproximado de R$8 bilhões no orçamento do próximo
ano e mais um grande efeito cascata porque, do Congresso Nacional até as
câmaras municipais, todos engordarão suas já polpudas e injustificáveis
contas bancárias. Mas justiça seja feita. Na
votação do dia oito, em sessão administrativa do STF, votaram CONTRA a
presidente Carmem Lúcia e os ministros Celso de Mello, Edson Fachin e
Rosa Weber por entenderem que vive-se uma grave crise de desemprego, a
maioria, que ainda está empregada, ganha mal e seus vencimentos não são
tão ruins assim, referindo-se aos seus salários que, sem os
penduricalhos, chegam a R$33.700 e, a partir de 2019, chegarão a quase
R$40 mil. Nada mal, levando-se em conta que muitos têm negócios, ops,
digo, atividades paralelas (né, Gilmar Mendes? que votou A FAVOR do
reajuste - e do rombo aos cofres e escárnio ainda maior aos 205 milhões
de brasileiros - ao lado dos colegas Alexandre de Moraes, Marco Aurélio
de Mello, Dias Toffoli (petista que assume o supremo em 13 de setembro),
Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso.