quinta-feira, 30 de agosto de 2018

LIXO DA HISTÓRIA

Finalmente, sem trocadilhos (se bem que não faltam motivos pra isso nos últimos tempos), o cadáver ambulante, disfarçado de presidente da República, Michel Temer, resolveu fechar a tumba de seu governo. Ele acaba de sancionar o reajuste para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovado, por eles mesmos, no início do mês, levando a um caos, ainda maior, para o próximo chefe do Executivo em se tratando de gastos quase incontroláveis - se é que num governo como este, sem nenhum planejamento ou preocupação com o futuro da Nação isto seja relevante - já que o aumento de 16,38% representa um gasto aproximado de R$8 bilhões no orçamento do próximo ano e mais um grande efeito cascata porque, do Congresso Nacional até as câmaras municipais, todos engordarão suas já polpudas e injustificáveis contas bancárias. Mas justiça seja feita. Na votação do dia oito, em sessão administrativa do STF, votaram CONTRA a presidente Carmem Lúcia e os ministros Celso de Mello, Edson Fachin e Rosa Weber por entenderem que vive-se uma grave crise de desemprego, a maioria, que ainda está empregada, ganha mal e seus vencimentos não são tão ruins assim, referindo-se aos seus salários que, sem os penduricalhos, chegam a R$33.700 e, a partir de 2019, chegarão a quase R$40 mil. Nada mal, levando-se em conta que muitos têm negócios, ops, digo, atividades paralelas (né, Gilmar Mendes? que votou A FAVOR do reajuste - e do rombo aos cofres e escárnio ainda maior aos 205 milhões de brasileiros - ao lado dos colegas Alexandre de Moraes, Marco Aurélio de Mello, Dias Toffoli (petista que assume o supremo em 13 de setembro), Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso.