Pesquisas realizadas por alguns dos mais importantes institutos apontam
que cerca de 30% dos eleitores brasileiros (dos quase 150 milhões)
pretendem votar branco ou nulo em outubro próximo. Dentro da margem
percentual -para mais ou para menos - bem como pelo que se escuta nas
ruas, no trabalho, nos ambientes de descontração, etc, e se analisa nos
debates feitos entre "experts", este índice poderá ser superado. A falta
de perspectivas e, principalmente, a insatisfação pela classe política,
somada à intolerância aos desvios praticados por ela, ainda devem fazer
crescer outro grande sinal de alerta assaz perigoso: o das abstenções,
muitas das quais quando o eleitor não faz nenhuma questão de dirigir-se a
sua sessão eleitoral para " cumprir com o dever cívico". Aliás, coisa
cada vez mais rara num país onde a malversação de dinheiro público, a
cleptocracia, a maneira perdulária de governar, o nepotismo, as
vergonhosas benesses aos agregados aos Poderes da República ( em todas
as esferas) e o antipatriotismo são cada vez maiores. E como o povo, que
um dia disseram não saber votar, vem aprendendo direitinho com os " professores" -
presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores
-, é bem capaz que no dia 7 de outubro a maioria opte em não votar, algo
que, em condições normais, teria de ser uma atitude abominável num
processo de aprimoramento democrático.