quarta-feira, 26 de setembro de 2018

SUJEITOS OCULTOS

Por mais que se respeite a Polícia Federal, aliás, uma das poucas instituições brasileiras que ainda gozam de prestígio e confiabilidade perante a população, não parece adequado que o resultado final do atentado a Jair Bolsonaro só saia às vésperas do primeiro turno das eleições. Vivemos uma crise em todos os setores da vida pública, com histórico de corrupção e extrema violência - haja vista a própria agressão ao candidato - sem falar nos muitos interesses que vários grupos políticos têm, que não soa muito bem a PF pedir mais tempo para as investigações e definir a primeira semana de outubro ( a eleição é no dia sete) para dizer ao mundo se Adélio Bispo agiu sozinho ou não, se esteve na Câmara Federal, qual o interesse daqueles renomados advogados de defesa, qual o conteúdo dos smartphones, tablets e notebook, origens de seus recursos etc.? Também não se pode conceber que uma instituição que tem realizado operações exitosas como a Lava Jato com tanta precisão e, em muitos casos, com tanta rapidez, leve mais de um mês para concluir o que para muitos é o mais puro exemplo do óbvio uLULAnte (sem trocadilho): que o criminoso Adélio não é lobo solitário coisa nenhuma, não agiu por razões pessoais e ideológicas e que tem tubarão nestes mares onde Bolsonaro, até o momento da violência covarde, nadava livre e despreocupado de costas, atrapalhando a pescaria de muita gente. Sendo assim, como tudo isso, infelizmente, não é nenhuma novela, que a PF não aceite qualquer forma de pressão e divulgue logo "O que, quem mais e por que quase mataram Jair Bolsonaro"?, não deixando que o resultado influencie, positiva ou negativamente, a vontade do eleitor.