Há um ano do início do próximo processo eleitoral, quando as campanhas
já estarão em curso para eleger prefeitos e vereadores em 5.570
municípios, estará sendo testada - pela primeira vez desde que o
Congresso a aprovou, em 2015 - a minirreforma com todas
as suas "migalhas" pois ficarão muito aquém do que a sociedade espera
de deputados e senadores. Ainda não será em 2020 que teremos eleições
mais transparentes, isonômicas, motivacionais e, principalmente, com
moralidade em relação ao processo de escolha de
candidatos e demais mudanças necessárias e urgentes, haja vista que
quem as controla - e deles participa e/ ou indica sucessores - são os
próprios parlamentares, detentores de mandatos, "donos de partidos" - os
caciques e seus protegidos -, portanto, os
maiores interessados no continuísmo que, de alguma forma, os beneficia.
Em que pese o muito que deve ser feito, algumas destas mudanças - as
quais podemos chamar de pequenos ajustes - já poderão fazer diferença
como, por exemplo, a formação das chapas e suas
políticas de alianças e as eventuais formações de coligações, esta
despertando maior interesse para partidos e pré-candidatos uma vez que
pode fazer alguma diferença (sabemos do jeitinho brasileiro) na hora de
se definir quem vai para o trono, lugar para onde
irão muitos dos prefeitos e vereadores que costumam se sentir assim,
como discípulos de Nababo, Midas (ao contrário), verdadeiros reis e
deuses quando vencem um pleito. Como vivemos no País da esperança e do
futuro, vamos torcer para que chegue, logo, o dia
da verdadeira reforma eleitoral onde não haja tanta corrupção, tanto
desvio de dinheiro público, compadrio, nepotismo e políticos se achando
acima do bem e do mal. E tanta gente participando da "festa da
democracia".