segunda-feira, 29 de junho de 2020

NOVAS ELEIÇÕES VELHAS

Pelo andar da carruagem - já que a política no Brasil vive quase assim -, as eleições municipais devem ocorrer em novembro, portanto, com o primeiro turno sendo realizado quase um mês depois do atual calendário (proposta que passou pelo Senado prevê dias 15 e 29 os dois turnos respectivamente). O que pode representar uma sobrevida, principalmente, para os prefeitos que vão disputar a reeleição e, assim, ganham mais um mês para " correr atrás", no caso daqueles que ainda não emplacaram. E, como sempre acontece, ver mais dinheiro público no processo e reforçado o caixa das prefeituras que, assim, deixam felizes os candidatos das máquinas e melhor preparados para deixar " seus" eleitores assim também. Muita coisa vai acontecer nos próximos dias, agora, na Câmara, no sentido de definir logo um processo eleitoral que, mesmo antes da grave pandemia provocada pela Covid-19, anda de carruagem, às turras e relegado a um segundo plano por óbvios motivos.


PRA COMEÇAR A SEMANA

A história sempre se repete. Como tragédia ou como farsa. (Karl Marx)

sexta-feira, 26 de junho de 2020

PENA DE MORTE

Queira Deus que não tenhamos, no futuro, nada nem parecido com a pandemia que já matou mais de 55 mil brasileiros. Mas se isto acontecer, que o País tenha leis que tratem a corrupção e outros graves desvios, drasticamente, não permitindo aos governos comprarem, por exemplo, insumos, matérias primas e equipamentos indispensáveis ao tratamento de doenças graves e não os receberem em tempo hábil. Ou, na " melhor" das hipóteses, superfaturados ou inapropriados como fez a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Que os muitos "Códigos" existentes, quiçá, a própria Constituição, prevejam e lidem com crimes hediondos como estes - de interromper tratamentos e diminuir a expectativa de salvar vidas - com um rigor pelo menos parecido com o que fazem países quando aplicam severas punições - de prisão perpétua, com a prestação de serviços pesados até a pena capital - a empresários, funcionários públicos, agentes políticos e a qualquer um que traga prejuízos irreversíveis à saúde da população. Talvez, assim, quem sabe um dia, deixemos de ser vistos como um País corrupto, injusto, desumano e que ainda mantém um corporativismo voltado a proteger quem pratica crimes hediondos como, por exemplo, sufocar pacientes com crise respiratória grave ou que sofrem de comorbidade, precisam ser entubados e tratados por especialistas mas isto não acontece porque roubaram equipamentos, não pagaram profissionais como deveriam e interromperam sonhos de querer viver.


quarta-feira, 24 de junho de 2020

DEVAGAR COM O ANDOR

São muitas as diferenças entre a Gripe Espanhola (influenza), que durou de janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou uma estimativa de 500 milhões de pessoas, matou algo em torno de 17 e 50 milhões (possivelmente até 100 milhões, haja vista todas as dificuldades de contabilizar e registrar à época) e a Covid-19 - cem anos depois - que, até o momento, infectou, em apenas cinco meses, 9.238.000 e já levou 477.000 vidas, números que representam bem o cenário de caos e horror vivido. Pra começar, a população era bem menor, os recursos financeiros, científicos e tecnológicos também e, claro, não havia nada parecido com as redes de informação existentes hoje. Entretanto, não se pode pensar só nas diferenças. Há de se levar em consideração algumas possibilidades como as ondas de contaminação (no século passado foram três), com a segunda matando o triplo de pessoas a partir da amenização quando os estabelecimentos foram liberados, as pessoas saíram enlouquecidas às ruas, às compras, etc. E é aí que devemos, todos, poder público, privado, cada qual com ações individuais e coletivas, não nos considerarmos acima do bem e do mal, tampouco, super-heróis capazes de encararmos o coronavírus como uma simples "gripezinha". É preciso levar em conta o que ensinam e demonstram os cientistas, os pesquisadores, historiadores e o que determinam os profissionais de saúde, estes, sim, a verdadeira linha de frente no enfrentamento a esta grave pandemia, bem diferente da "Espanhola", mas tão letal quanto.

BUSCA INÚTIL

Trocadilho meio inapropriado, principalmente, num momento grave pelo qual passamos. Mas a pergunta que não quer calar é: o novo secretário de Saúde do Rio de Janeiro, coronel do Corpo de Bombeiros, Alex 'Bousquet', vai "buscar" recursos pra diminuir os problemas causados pela Covid-19? Vai, pelo menos tentar, desarticular a máquina de corrupção criada pelos últimos quatro governadores e mantida pelo atual? Vai fazer média com aqueles que defendem o militarismo das instituições ou vai " buscar" manter tudo dantes como no quartel? Neste caso, o de Abrantes? Ou será que vai buscar vantagens pessoais enquanto se mantiver no cargo até o possível impeachment do chefe? Como já fizeram muitos que por lá passaram?

terça-feira, 23 de junho de 2020

CABEÇAS A PRÊMIO

A China não é modelo de democracia e regime político ideal pra ninguém. A população tem muitos problemas em relação à liberdade e todos sabemos disso. Só que, bem diferente do que pensa e diz o ex-ministro da Educação - ignorante, arrogante, racista e malandro ( que acaba de dar uma rasteira na imigração americana) -, Abraham Weintraub, os chineses, com todas as práticas comunistas abomináveis, não pactuam, por exemplo, com o roubo e contaminação de merenda escolar, desvio de dinheiro público destinado à compra de insumos para combater uma pandemia, aparelhamento do Estado para mover a engrenagem da corrupção política, tampouco, com o empreguismo, o nepotismo, o desemprego, o marajaísmo e outros métodos adotados no dia a dia da vida nacional, dificilmente, combatidos com o devido rigor. No caso da corrupção entre políticos e maus empresários e de prejuízos causados, principalmente, às crianças e pessoas da 3a. Idade ( tratados como crimes hediondos), a prisão perpétua (com a prestação de serviços pesados) e, até, a pena de morte têm sido adotadas com certa frequência e sucesso pelo governo chinês. Algo que, aperfeiçoado para nossa realidade, visando as devidas modificações no Código Penal, poderia diminuir muito os desmandos, a impunidade, a imunidade, os mal feitos e toda a roubalheira que impera no Brasil desde o descobrimento. 


segunda-feira, 22 de junho de 2020

PRA COMEÇAR A SEMANA

Isolamento cai no Rio e número de casos confirmados de Covid-19 volta a subir. Sem falar em alguns municípios do Norte e do Noroeste do Estado que seguiram o modelo e podem se arrepender em breve.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO

Independente de quem esteja à frente do governo, o Brasil foi, é, e sempre será a casa-da-mãe-joana, além de um paraíso cheio de grandes tetas para políticos e corruptos mamarem à vontade o dinheiro de milhões de brasileiros e brasileiras. Mas isto tem um custo (como todo cafezinho): basta ser amigo dos reis, ser moeda de troca, gozar de uma intimidade do tipo " passar leite condensado no pão"...ou aceitar se submeter a ficar calado, recebendo como recompensa ' uma coisinha' no serviço público. Não necessariamente, pois são muitos os " amigos" de governos. Como acaba de acontecer com Abraham Weintraub que, defenestrado do ministério da Educação, pelo que fez - melhor, pelo que não fez - e pelas muitas bobagens dirigidas, principalmente, ao STF, deve assumir o cargo de diretor executivo do Banco Mundial, em Washington, nos EUA, com um salário aproximado de R$100 mil. Mensais. Num país quase arrasado pela pandemia do coronavírus, inclusive, com uma grave crise econômica batendo à porta, provocando aumento do número de desempregados, o prêmio de consolação dado ao ex-ministro vem de encontro ao que Bolsonaro apregoou durante a campanha. Dizem que a ' boquinha' do ex-ministro é só até outubro quando, dependendo do silêncio, Weintraub pode alçar outros voos. 


terça-feira, 16 de junho de 2020

SEM EDUCAÇÃO

O ministro Sem Educação e Sem Vergonha, Abraham Weintraub, na reunião ministerial do dia 22 de abril, se referiu ao STF como " bando de vagabundos", entre outros impropérios. Coisas que não pode negar ( perante a Justiça preferiu ficar calado), pois o vídeo rodou o mundo todo e está aí a nos envergonhar e prejudicar em termos diplomáticos e comerciais, principalmente, em relação à China, nosso maior parceiro comercial chamado por ele de "inventor do comunavírus". O sujeito, que tem um bando de seguidores e parece que nunca vai morrer pagão, também tem outros "predicados", entre eles, se aproveitar de dinheiro público de maneira no mínimo imoral e duvidosa como receber duas vezes auxílio- moradia (R$ 51 mil) e recursos na ordem de R$ 45 milhões do governo de Goiás para um de seus Centros de Estudos. E é com gente assim, " autêntica, honesta e incorruptível", que o governo Bolsonaro vai marchando em direção a maior crise epidêmica, econômica, institucional, diplomática.....e moral.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

GENERAL CINCO ESTRELAS

O general Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria da presidência da República, defende que militares da ativa do governo Bolsonaro passem para a reserva. Para ele, não é nada bom para a democracia, tampouco, para as Forças Armadas, que haja qualquer dúvida do papel que cada um desempenha. Ainda, segundo ele, "pelo número de militares e pelo posto que ocupam (dados recentes apontam para quase três mil cedidos), a sociedade acaba se confundindo". No momento em que se discute tanto o artigo 142 da Constituição, principalmente, quando trata de intervenção militar - o senador FHC era relator à época e diz que não tem nada a ver com papel moderador - a fala do general está de acordo com o que preceitua a lei maior e deseja a sociedade não aceitando a imagem institucional se confundindo com a governamental. Querer repetir velhos erros do passado recente, inclusive, aparelhar o Estado, como fez a Venezuela, é algo que as Forças Armadas abominam, o povo repele e o general Santos Cruz parece ser tão contrário que preferiu deixar de "marchar" ao lado do governo Bolsonaro, levando-o a merecer até uma condecoração pela coragem e bravura demonstradas durante esta " guerra" entre brasileiros.


domingo, 14 de junho de 2020

PRA COMEÇAR A SEMANA

A pergunta sobre o fim do confinamento e a reabertura do comércio é: as pessoas têm de ir pras ruas por que precisam comprar ou é o comércio que precisa vender?

sábado, 13 de junho de 2020

LÁ COMO AQUI

Não é só no Brasil que agentes públicos de segurança demonstram sinais externos de riqueza incompatíveis com o que ganham. Como no caso do sargento dos Bombeiros do RJ, acusado de envolvimento no Caso Marielle ( vereadora carioca brutalmente assassinada) que a investigação policial identificou ter mansão e carros de luxo mesmo ganhando cerca de 6 mil reais brutos. Nos EUA, isto também acaba de ocorrer, intrigando a todos que se perguntam como o policial Derek Chauvin, acusado pelo brutal e covarde assassinato de George Floyd, conseguiu pagar uma fiança de US$750 mil (equivalentes a R$ 3,7 milhões) para responder ao processo em liberdade? Mesmo que ambos os agentes possam provar que seus vencimentos justificam o padrão de vida (no caso brasileiro), é fácil levantar vultosas quantias para se livrar da prisão (no caso do "officer") nos EUA ou existam 'novos elementos' -geralmente, apresentados por notáveis operadores do Direito -, continuaremos a achar que não há Justiça em lugar algum.


quinta-feira, 11 de junho de 2020

PRESIDENTE VAI ÀS COMPRAS

O Brasil continua sua sina de chorar pelas milhares de mortes causadas pelo Covid-19. Já são quase 40 mil, com o triste recorde de ter quadruplicado o número em um mês. Enquanto caminhamos por uma estrada cheia de sofrimento - e de incertezas -, o governo federal insiste com suas insanas teses, entre elas, dificultar a divulgação dos dados oficiais, administrar " remédios milagrosos" e acabar com o isolamento social como forma de aquecer a economia com a população indo pras ruas comprar, vender e os demais segmentos voltando à normalidade. E, nesta toada, uma vez que a ciência continua recomendando o isolamento obrigatório, e no diapasão de dar maus exemplos, o presidente Bolsonaro, olhando para o próprio umbigo, resolveu continuar indo às compras e escancarar de vez, criando mais um ministério, o das Comunicações (durante a campanha prometia apenas 15) para tentar salvar sua pele e não cair pelo cadafalso do Congresso Nacional. Desvinculado da Ciência e Tecnologia, o ministério será o 23° e ficará a cargo do deputado federal, Fábio Faria, genro de Silvio Santos, " dono" do SBT, e filiado ao PSD, do Centrão e de Gilberto Kassab, pessoas que desse negócio de comprar e vender entendem muito bem.






quarta-feira, 10 de junho de 2020

SEM PALAVRAS

Desculpem o palavrão (padrão das reuniões ministeriais), mas pqp! Estamos a 10 dias da chegada do inverno - quando a ciência diz que a propagação do coronavírus aumenta - e qualquer prognóstico positivo poderá ser mera especulação. Sendo assim, resta rogar a Deus que continue tendo piedade de nós e o presidente Bolsonaro não fale novas bobagens como seu ministro da Saúde, general Pazuello, fez, dia destes, ao mencionar que " as regiões Norte e Nordeste do País estariam mais ligadas ao inverno do hemisfério Norte enquanto as demais estariam mais ligadas ao inverno do hemisfério Sul. Perdão, mas não dá pra aguentar: puta que pariu! ( é por estas e outras que as autoridades não estão nem aí para viverem cercadas de fakes news e tanta gente burra). Puta que o pariu... ou pé de pato, mangalô três vezes...

JÁ FOI TARDE

Tem gente que quando vai embora dizemos assim: já foi tarde! Este, talvez, seria o caso da exoneração da Secretaria Nacional de Cultura, Regina Duarte, que preferiu rasgar a própria biografia, principalmente, como estrela de TV. Seria, não fossem a manutenção no cargo por algum tempo ou as vantagens mantidas pelo governo que a fariam voltar à vida normal de aposentada ou algo assim. Ela que, durante a passagem meteórica pela secretaria, reclamou da burocracia, parece ter se beneficiado durante o processo de exoneração bem passiva e silente, aliás, bem diferente de quando interpretava, por exemplo, Malu Mulher, Rainha da Sucata ou até mesmo Vale Tudo. Uma pena " assistir" uma atriz como ela, de inegáveis predicados , neste momento de tantos problemas interpretar a Viúva Porcina na vida real.



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segunda-feira, 8 de junho de 2020

SEM TETO

Bolsonaro, o presidente "amigo" de Trump que, inclusive, o inspira a cometer atos insanos ( quem inspira quem?), acaba de voltar atrás em mais um deles. Trata-se da revogação do decreto que permitia ao Exército "ter seus próprios aviões". Num momento grave como este, onde, além da crise sanitária e econômica, o Brasil enfrenta uma outra, tão ou mais séria, que é a institucional, o presidente ainda provoca, principalmente, a Aeronáutica que, por não dispor dos recursos necessários, tem tido vários problemas como aviões obsoletos e insuficientes para cumprir seu papel de proteger, por exemplo, nosso espaço aéreo e a Amazônia Azul que tanta cobiça desperta. Talvez incitado por algum " incitatus" da República tupiniquim, que desejava realizar um possível sonho do presidente (que parece brincar de Forte Apache, soldadinhos de chumbo, de guerras, até de secessão, etc.), felizmente, a idéia não prosperou e o dinheiro da população deve servir para diminuir os impactos das milhares de mortes e dos infectados pelo Covid-19, do desemprego e os demais provocados pelo PT, muitos sem controle no atual governo.


domingo, 7 de junho de 2020

PRA COMEÇAR A SEMANA

O dia que os legisladores de m.... souberem a força que têm e deixarem de ser tão submissos, o Brasil será melhor pra todos.

sábado, 6 de junho de 2020

ANTIPATRIOTAS

Tudo indica que, amanhã, em muitas cidades brasileiras haverá manifestações. De um lado, extremistas pró-Bolsonaro e do outro extremistas anti-Bolsonaro. Em casa, os verdadeiros nacionalistas, que almejam o fim da corrupção, não querem a intervenção militar, fechar o Congresso e o STF e todos aqueles que, em isolamento e respeitando as instituições, ajudam a manter a ordem e diminuir o número de mortos e contaminados pela pandemia causada pelo Covid-19. Aliás, o problema mais sério que enfrentamos, todos, bem diferente do que pretendem os extremistas, reacionários, alguns, lunáticos mesmo, que têm ido pras ruas colocar o momento gravíssimo pelo qual o País passa em segundo lugar. O viés político-ideológico dessa gente não ajuda em nada a diminuição dos problemas nacionais que vêm aumentando graças a eles. Pelo contrário, colocam o Brasil mais próximo à uma crise social, financeira e institucional difícil de superar a curto e médio prazos.


sexta-feira, 5 de junho de 2020

SEM AMBIENTE

O Brasil não tem muito o que comemorar hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente. Primeiro, porque o Brasil nunca teve tanta devastação em seu território, principalmente, na Amazônia, que só em abril foi a maior em 10 anos. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente ( Imazon) a área devastada corresponde à capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, cerca de 530 km2, com 171% ( coincidência esta centena?) no mesmo período do ano passado. Tão e mais grave, é o fato de o governo, de posse de informações como estas, ainda manter no cargo de ministro de Meio Ambiente um sujeito que não só ignora a gravidade do problema como a apoia e autoriza como ficou claro na reunião do Conselho Ministerial onde Ricardo Salles diz que " tem de se aproveitar o momento de pandemia para passar a boiada". Contra fatos, não há argumentos e o que alguns do governo Bolsonaro estão fazendo mostram que estão ali para destruí-los. E ao País, seja perante ao próprio povo, seja perante ao mundo civilizado que não pode aceitar mais agressões à natureza.


quarta-feira, 3 de junho de 2020

NA FORCA

O Brasil, muito provavelmente, é o país de mais governantes com a cabeça na invenção atribuída a Joseph Guillotin ( ele apenas sugeriu sua volta). A guilhotina, que matou milhares de franceses "inimigos" da Revolução. De presidente da República, a governadores e prefeitos, os malfeitos, a maneira perdulária, as velhas práticas da velha política como administram e, principalmente, a corrupção vigoram ao ponto de colocar seus mandatos e cabeças a prêmio. Não como gostaríamos, uma vez que muitas vezes o caminho a percorrer passa pelos legislativos, representando e confirmando uma emenda pior que o soneto. Maior prova da fragilidade das leis, do caos pelo que passam os brasileiros e da maneira como os governantes são seduzidos pelo canto da sereia e abduzidos pelo poder (que, às vezes, ninguém contacta) vem do Estado do Rio de Janeiro onde o governador e, pasmem, ex-juiz Wilson Witzel - sem entrar ainda no mérito - está prestes a ser degolado, encontrando-se próximo a um cadafalso guardado pela Alerj e comandado pelo PT e outros partidos acostumados às coisas boas da vida e discursos bem diferentes da prática. A todos eles, a mão da Justiça e a necessária responsabilização de um povo que costuma se deixar levar pelas aparências. E outros engodos.

BOCAS MALDITAS

Durante a campanha, o presidente Bolsonaro prometia, entre outras coisas, acabar com a corrupção - pelo menos em seu governo - e que não permitiria mais a velha prática politica do toma lá, dá cá. Dizia que armaria a população pois, assim, ela não seria " escravizada"  e colocaria o Brasil no topo da economia mundial porque o país possui as maiores reservas de nióbio (cerca de 96%), um dos metais mais interessantes para o futuro da humanidade devido às suas características únicas pela importância para os veículos espaciais, nas turbinas dos aviões ou na criação das mais resistentes ligas de aço, por exemplo, assunto que fica a cada dia mais claro que desconhece. Dizia, também, que "montaria um superministério, composto de mentes brilhantes e pessoal técnico altamente qualificado para tocar as questões nacionais com propriedade, a começar pela Economia tendo à frente um posto Ipiranga. Faria as reformas que o Brasil tanto precisava e que as chances disso tudo não ocorrer " eram zero", aliás, uma de suas falas prediletas. Sem esquecer da outra bravata " Brasil acima de tudo". Só que, quase um ano e meio depois de assumir, Bolsonaro, até onde se consegue enxergar, não está atolado em esquemas de corrupção (honestidade é obrigação), mas não conseguiu colocar em prática nada do que falou, exceto a aprovação de uma Reforma da Previdência controversa, cheia de imperfeições e brechas judiciais, bem longe de representar a prometida conquista e justiça social por não mexer com muitos dos privilégios existentes e mantidos pelos Três Poderes, maiores interessados em manter o Brasil como país de pobres e miseráveis. Tem-se, à frente da maioria dos ministérios, loucos destemperados que só aumentam as tensões internacionais ou generais cujas atribuições estão longe das previstas no artigo 87 da Constituição Federal. Sem entrar no mérito, continuamos à mercê dos criminosos que, alta e belicamente armados, decidem se vivemos ou não. O tal do nióbio, está mais pro caviar da música que diz:"nunca vi, nem comi, eu só ouço falar". Nacionalização com a Pátria erguida e respeitada? Nem pensar, basta ver bandeiras americanas desfraldadas nas manifestações de Brasília e o que Donald Trump vem fazendo com o "país amigo", colocando-o de joelhos, impedindo seus cidadãos de entrarem lá ( a lei brasileira facilita ao máximo a entrada dos americanos) por serem considerados perigosos pela alta contaminação da Covid-19 e incapacidade demonstrada pelo Brasil de controlar o temido vírus. O que não deixa de ser verdade, haja vista o número de mortos e/ou infectados, pelas mudanças no Ministério da Saúde, em plena pandemia, que hoje é comandado por generais com estrelas mas sem nenhuma medalha adquirida por reputação advinda de especialidades médico-científicas. Finalmente, não menos importante, está a compra de partidos e parlamentares, através de cargos em escalões ditos inferiores, cujos bilhões e bilhões servem muito mais para eles se servirem do que libertar o Brasil e o povo presos a uma velha política bem longe de acabar um dia.


terça-feira, 2 de junho de 2020

ESCOLHAS ERRADAS

Enquanto o Brasil ultrapassa os 30 mil mortos, oficialmente, pelo coronavírus, uns 30% - segundo pesquisas - ainda insistem que o governo Bolsonaro está agindo bem ao afrontar as instituições, se lixar para a democracia e não dar a devida atenção à mais grave crise pela qual atravessam todos os brasileiros e brasileiras. E isto pode ser visto quase que diariamente, haja vista os que vão para as ruas e redes sociais apoiar o presidente, ministros e boa parte da caterva e da malta (como diz um renomado historiador) que os cercam e seguem nas sandices e no total desrespeito às famílias dos mortos, enfermos, aos desempregados, aos pequenos e microempresários e os demais segmentos que vivem as maiores incertezas de suas vidas. Lamentavelmente, estamos à mercê - dessas incertezas provocadas por atitudes equivocadas ou inconsequentes - destes brasileiros que pensam estar fazendo a coisa certa, inebriados por um sonho que a cada dia vira um pesadelo maior.