PRA COMEÇAR A SEMANA

É só não permitir nenhum tipo de coação, ameaça ou oferecimento de benefícios para constranger sua liberdade de votar, que dará tudo certo.

TAPETÃO NA RÁDIO

Coisa risível, cômica se não fosse trágica, o que Bolsonaro e seus miquinhos amestrados estão fazendo a poucas horas das eleições. Querendo antecipar o "tapetão", sob a justificativa que houve boicote às inserções da campanha do candidato do PL e pelo cenário altamente desfavorável que se avizinha, agora tentam inventar uma tal de CPI do Radiolão, que só não é mais ridícula porque têm coisas muito mais sem noção, diria o filósofo Sérgio Moro. Aliás, outro ridículo e sem noção. Pelo andar de uma carruagem, cheia de absurdos e ilegalidades, é bom a Justiça estar bem atenta com outros factoides a serem lançados sob a falsa égide de um autêntico desespero. João Di Renna - Quissamã-RJ

ARMAÇÃO ILIMITADA

O episódio envolvendo os muitos crimes praticados por Roberto Jefferson - mas não só - reforçam a tentativa de se botar fogo no País e transformar o Estado em governo, onde ações tresloucadas de um sujeito que age como ditador vêm incentivando outras igualmente perigosas. Como a do ex-deputado que, em nome do que Bolsonaro prega ( povo armado jamais será escravizado), deu 50 tiros em três policiais federais que estavam lá para prendê-lo, lançou granadas e, depois, ainda teve "a barra" limpa por ministro, negociadores da PF e, até, por falso padre amigo do "rei" e alguns de seus súditos. Mas, felizmente, o criminoso foi levado e, com ele, a bala de prata saiu pela culatra

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OLHO NAS INSTITUIÇÕES

De vez em quando, nos deparamos com pesquisas feitas para se conhecer quais as instituições com maior grau de confiabilidade no Brasil. Geralmente, numa decrescente, isto é, das mais confiáveis para aquelas que o brasileiro tem menos confiança. Dados do levantamento "A Cara da Democracia" mostraram que, em junho deste ano, as mais bem avaliadas (confiam muito) foram as Igrejas (39%), as Forças Armadas (FA), com 25%, Justiça Eleitoral (22%) e o Supremo Tribunal Federal (STF), com 13%. O Congresso Nacional (6%) e os Partidos Políticos (5%) mostraram que, pelo menos, há quatro meses, este era o cenário. Já o Instituto Ranking Brasil, em 2021, incluiu outras instituições públicas e civis, sendo as mais bem colocadas o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu), com 25,10% e as últimas foram os Correios (6,77%), as empresas (5,33%) e os Poderes Executivo e Legislativo (4,47%). As FAs e as polícias Federal, Civil e Militar ficaram na intermediária. Como se vê, em ambas o Legislativo aparece na lanterna, mostrando que a população não confia muito em políticos e seus partidos. E olha que ainda não estávamos em campanha eleitoral com todos aqueles movimentos, tampouco, tinham ocorrido episódios que tendem a ligar mais os sinais de alerta e o desconfiômetro.

QUEM QUER DINHEIRO?

Num passado não muito longínquo "existiu", no Brasil, uma lei eleitoral criada com o papel fundamental de conquistar um sistema político mais democrático ao combater a compra de votos e o uso eleitoral da máquina administrativa. Se não me falha a memória, era a 9840 que "autorizava" a cassação do registro da candidatura ou do diploma de políticos que "praticassem" as irregularidades previstas, além do pagamento de multa. Antigamente, isto servia para inibir a captação ilícita de sufrágio. Mas, aí, veio Bolsonaro e sua turma e rasgou a Constituição, deu de ombros para a 9840 e começou a praticar todo tipo de "bondades" ( com a nossa grana) que pudessem ser convertidas em votos ou criassem expectativas para isto. A coisa tá tão escancarada que, a 10 dias das eleições, só falta fazerem o mesmo que o apresentador de TV ao perguntar "quem quer dinheiro"? lançando aviõezinhos de cédulas para o ar. Vamos torcer para que o TSE só esteja "se fazendo de morto " e, neste particular, aja como tem de agir sob pena de o processo todo ser desmoralizado, nos tornando, de fato, uma republiqueta.

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BOLSONARO X LULA

O debate de ontem (16), entre os presidenciáveis, mostrou pouca coisa que, do ponto de vista da personalidade, a maioria não conhecesse. Mas houve momentos que até pareceu 'rolar um clima'. De um lado, Bolsonaro mentindo - só pra variar - tentando se mostrar seguro, confiante de si e fazer com que o oponente perdesse o controle, muitas vezes com aquele risinho irônico, a malandragem "carioca" e frases meio desconexas. Descoladas da realidade por causa dos sérios problemas cognitivos. Como sempre. Do outro, Lula um pouco exausto e preocupado com a possibilidade de as baixarias e, principalmente, as mentiras atrapalharem seu raciocínio. O que acabou acontecendo no último bloco, quando o ex-presidente se atrapalhou ao usar mal seu tempo. No geral, ambos exploraram - como puderam ou souberam - alguns temas importantes e deixaram outros tantos no ar. Tal qual no boxe, pode-se dizer que houve empate técnico, foi uma luta justa e ninguém nocauteou ninguém. A estragar um pouco "a festa" foi, no final, surgir a figura de um juiz parcial.

PRA COMEÇAR A SEMANA

Não vou negar. Há quatro anos, pedia votos pra Bolsonaro. Mas como aprendi que errar é humano e persistir no erro é burrice, peço a todos que nos acompanham, nestes quase 15 anos do blog, que votem pelo bem da democracia. Votando Lula 13!

GUERRA DE SECESSÃO

Só alguém mercenário, extremista e genocida - além de antipatriota - como Bolsonaro, pode continuar defendendo um conflito entre irmãos, inclusive, com guerra civil. A exemplo do que fez em programa de TV no início dos anos 1990. Basta fazer uma busca isenta. Sem partidarismo (algo difícil, haja vista o estrago feito pelas fake news e o momento de grande extremismo). Naquele fatídico e irracional episódio, o fatricida já pregava uma guerra civil com a morte de pelo menos 30 mil pessoas. Agora, como presidente, em plena campanha, ele propaga o mesmo ódio, só que o faz de maneira regionalizada - e perigosa -, ou seja, incitando a maioria do país contra o nordeste, contra os nordestinos os quais chama de "sem cultura, analfabetos e outros impropérios dignos de que não possui a menor condição de continuar à frente da Nação. Por essas e outras, Bolsonaro não passará pois o Brasil é infinitamente maior que ele e seu grupo fanático e xenófobo.

FAMÍLIA MAÇONARO

Todo mundo sabe que a Maçonaria e a Igreja Evangélica são como água e óleo. Não se misturam. Mas, dependendo do interesse de um dos templos, a heterogeneidade e as diferenças podem ser minimizadas. Até deixar de existir. Como agora, durante a campanha à presidência da República, onde vídeos envolvendo Bolsonaro e sua esposa, Michelle, ambos de base, supostamente, evangélica mostram que vale tudo para se conquistar votos. De maçons, cristãos, ateus.... e do diabo se for preciso. João Di Renna - Quissamã-RJ

PRAZO DE VALIDADE

Não se pode culpar os 51.071.106 eleitores que votaram em Bolsonaro. Tampouco, adjetivá-los como sendo idiotas, incautos, mal-intencionados ou qualquer outra expressão que deslegitime sua vontade. Podemos, sim, afirmar que a grande maioria foi enganada direitinho pelas benesses provisórias - e oportunistas - concedidas, principalmente, nos últimos meses (auxílio, redução no preço dos combustíveis, etc. ), falsas pautas de costumes, levando à enxurrada de mentiras (fake news) - já prevista - espalhadas através das redes e pelas bocas de um "exército bolsonarista" que foi às ruas lutar - e vencer (haja vista a bancada dos partidos aliados eleita) por si e pelo presidente. Isto o levou a estratégia de conduzi-lo a um segundo turno que, apesar de desvantagem em relação a Lula (57.257.473 votos), aliás, terá de ser revista para tirar uma diferença muito expressiva de mais de seis milhões de votos. Tarefa nada fácil para um candidato que pode até ter conseguido enganar muitos durante um tempo, mas que não conseguirá enganar a todos o tempo todo. Nem os deste "seu exército".

PRA COMEÇAR A SEMANA

Seu voto é tão importante que pode decidir a maior - em todos os sentidos - eleição presidencial de todos os tempos. Pra Lula ganhar no primeiro turno, só falta ele. 50% + 1 pra acabar com o sofrimento de um país. Vamos lá!