O País foi - e, se deixarmos, sempre será - dominado pela corrupção
vinda, principalmente, das mãos, bocas e corações sujos dos políticos que
fazem de tudo para perpetuar a espécie. Através dos mandatos e cargos
contínuos, que ficam com eles e com os seus ( amigos e parentes), vão
mantendo uma máquina corrompida e voltada para atender aos interesses
pessoais (deles, dos amigos e parentes, além dos corruptores que
participam das campanhas), num círculo vicioso e viciante. Isto tem
sido, há décadas, o mal maior do Brasil que não consegue caminhar como
deveria, sem a dependência e a interferência do Estado, onde, em todas
as esferas, nada se consegue e pouco se faz se eles, os que detém algum
poder, não quiserem. É assim nas pequenas coisas, como uma simples troca
de lâmpada de uma rua numa cidadezinha do interior, até o asfaltamento
de uma estrada importante. Diria uma letra de funk: "tá tudo dominado".
Muito se fala em reforma política, mas se não houver grandes
manifestações populares, até mesmo uma forte e séria interferência de setores da
Justiça, aquela que, porventura, ainda esteja imune a terrível epidemia
( ou seria uma pandemia?) e até das forças militares que poderiam
exercer o papel democrático de exigir o cumprimento da Constituição de
impedir o avanço do mal maior instalado nos Três Poderes, ninguém crê em
algo diferente de a maior parte da população afundar e ser destruída,
ainda mais, por estes criminosos. Solução? Há, sim. A começar por uma
pressão nas urnas, não elegendo nenhum dos atuais mandatários, tampouco,
seus sucessores ( geralmente, filhos, esposas/maridos e irmãos) e, a
partir de janeiro do ano que vem, sobre o novo Congresso para mudança
radical na atual lei eleitoral com ênfase, quem sabe, para o fim da
reeleição, de cabo a rabo, impedir dinheiro público em campanhas, propor
um semipresidencialismo (aproveitando partes boas do parlamentarismo
como aquele de destituir, com celeridade, aqueles que cometam quaisquer
desvios) e tantas outras mudanças importantes e moralizadoras para as
atuais gerações e as que já viriam sabendo que a política - e os
políticos - é algo muito sério e feita para mudar a vida de todos para
melhor. Sem privilégios. Sem hereditariedade. E sem corrupção.