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Os participantes nos mercados de petróleo estão no aguardo da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que ocorrerá nesta semana em Viena, e seguem o movimento nas praças acionárias internacionais. Os participantes da Opep irão colocar em discussão na quinta-feira a situação do mercado de petróleo e se o grupo deve alterar suas cotas de produção. O ministro saudita do Petróleo, Ali al-Naimi, avaliou como improvável um acordo referente a uma nova rodada de redução na produção da Opep no encontro desta semana. Na visão dele, a organização irá "manter o curso" e conservar os níveis atuais de produção.
Não quero chegar tão fundo como a charge aí ao lado, mas a pergunta que não quer calar é: do quê têm medo algumas cabeças coroadas do governo e, principalmente, da empresa? Por que o presidente tem se empenhado tanto para que a CPI da Petrobras não tenha conotação política se seus membros são políticos com a prerrogativa de investigar e "jogar tudo para a platéia", constituída por eleitores de todos os segmentos, inclusive por pessoas que não estão entre os 54 milhões de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva ? Será que pelo fato de estarmos nos aproximando de ano eleitoral a instalação da CPI pode representar algum risco às pretensões do PT e de seus candidatos? Esperamos que não haja nada a macular a imagem da segunda maior empresa petrolífera do mundo, conseguida à custa do sonho e da luta do povo brasileiro e de tantos de seus ideais. E que as suspeitas sejam apenas "marolinhas" nas Bacias de Campos, de Santos e onde mais a Petrobras preste seus relevantes serviços.

Todo mundo lembra daquele deputado que estava se lixando para nós? Ele pediu desculpas e apelou, mas não adiantou. Sérgio Moraes perdeu o cargo de relator do processo contra o deputado Edmar Moreira, dono do castelo de R$ 25 milhões, em Minas Gerais. Embora nada disto limpe muito a barra dos políticos da República das Bananas - mais suja do que pau de galinheiro - pelo menos é uma imoralidade que deixa de ser praticada em uma comissão criada exatamente para fazer prevalecer o decoro e o respeito às leis. Atirando para todos os lados, principalmente contra a imprensa, o deputado deve ter pensado que ia convencê-la a adular-se, como ele e alguns de seus pares fazem há muito tempo. Acostumados ao corporativismo e à corrupção, políticos como esses se lixam para a opinião pública por que têm como aliadas uma legislação eleitoral e uma população fragilizadas.

Para muitos pode parecer absurdo uma ONG sugerir que se fizesse xixi na hora do banho como forma de economizar água. Mas quando lemos nos jornais que deputados se lixam para o que vão dizer ou que a imprensa e o MP são o c........., que senadores consideram legal o plano de saúde vitalício (mesmo que imoral), ministro do STF insinuando que o outro tem capangas e é uma vergonha para a Justiça ou presidente afirmando que o uso de cotas de passagens por terceiros é uma prática desde que era deputado, não acho a ideia tão exótica se levarmos em conta que já tem tanta gente por aí depositando seus excrementos, ou seja, fazendo cocô, na cabeça do povo há muito tempo.
Do jeito que o Congresso Nacional está em baixa, com sucessivos escândalos envolvendo parlamentares, não duvido nada se alguém suspeitar que os quadros roubados da mansão de Ilde Maksoud, em São Paulo, podem estar "decorando" gabinetes no Planalto. Consideradas valiosas obras de arte, 'Figura em azul', 'O Cangaceiro', 'Retrato de Maria' e 'Crucificação de Jesus' nas salas de deputados e senadores acostumados a usurpar o dinheiro público, liberar cotas de passagens aéreas à vontade, comprar votos, fazer os acordos mais injustificáveis e se lixar para a opinião pública muito envergonharia Tarsila do Amaral, Portinari e Orlando Teruz, estes, sim, os verdadeiros artistas e orgulho para cada um de nós.
Todos sabem que os ministros da Corte Suprema dominam muito bem a arte de escrever, certo? Que cuidam com zelo excessivo de cada letra, para que nenhuma decisão sua induza as pessoas? E que as possíveis preferências ou simpatias político-eleitorais de um ministro, que apesar de renunciar à vaga no TSE, continua no STF, nunca deveriam ficar tão nítidas, correto? Mas parece que não foi bem assim com a "carta de despedida" deixada pelo ministro Eros Grau aos seus funcionários. Nela ele sinaliza para o número 13, do Partido dos Trabalhadores (PT), dizendo que "curiosamente somos 13 e que juntos somos 13". Abaixo, a carta na íntegra:
Mesmo faltando 17 meses para a eleição presidencial do ano que vem, restam poucas dúvidas no que se refere às principais candidaturas: Dilma Rousseff (PT), pela base aliada do governo Lula, e José Serra (PSDB) representando o agrupamento mais forte da oposição. Isto pelo que está ocorrendo hoje, porque todos sabem que política e nuvens são bem parecidas. O anúncio de que está em tratamento contra um câncer linfático consolidou de vez o nome da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como a candidata do presidente Lula e, portanto da base aliada governista. Pelas manifestações dos últimos dias, Lula já deixou isto bastante claro e que, dificilmente, haverá uma segunda opção. Quanto ao PSDB, a legenda atendeu aos apelos de José Serra e adiou para o final deste ano ou o início do próximo a realização das prévias que decidirão o candidato tucano à presidência da República. Com isto, o governador mineiro Aécio Neves, que já não tinha mesmo muitas chances, vai se manter na disputa mais para aumentar sua visibilidade e suas chances de se eleger senador. Para fechar a bolsa de apostas de pré-candidaturas, Heloísa Helena (Psol), deverá ser mais uma postulação para fazer crescer sua legenda, criar palanque para denunciar as mazelas do País e do governo Lula e preparar sua volta ao Senado. Já Ciro Gomes, aquele que costuma ter atitudes pouco c...onvencionais, acho que poderá não levar sua candidatura até o fim, por conta dos compromissos que o PSB tem com o presidente.
Quando se analisa o perfil do povo brasileiro, é inevitável lhe conferir o título de um dos mais pacíficos do mundo. Hoje, Dia do Trabalho ou do Trabalhador, isto fica nítido quando vemos pessoas comemorando das mais variadas maneiras. Seja passeando com a família, tomando "umas e outras" no churrasco ou simplesmente em casa lendo algo, dormindo ou pensando coisas quase sempre sem nenhuma resolutividade. Com a maioria esmagadora ganhando baixos salários, cercada de uma legião de (des/sub) empregados, o tal dia deveria ser de luto ou chamar-se Dia do Desemprego. Ou, ainda, para se reivindicar mais - sem a hipocrisia habitual a que muitos são obrigados -, a exemplo do que fazem trabalhadores de outros países que aproveitam o 1º de Maio para expressar seu desejo por mudanças.