terça-feira, 17 de junho de 2014

SANGRANDO

Tem gente que ainda insiste em atacar aqueles que vaiaram a presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo. Evocam, até, o princípio da educação para justificar que o coro que a insultou estava movido por um ódio orquestrado, talvez, por 'forças políticas de oposição'. É muita hipocrisia, principalmente, se levarmos em conta que a população que entoou o cântico da revolta o fez pensando no alto preço da realização do evento com seus incontáveis bilhões de reais que foram para o ralo levando aposentados, moribundos, transportes caóticos, falta de segurança e uma educação de repreensível qualidade como a nossa. Ódio, presidente, seria pegar um fuzil para praticar crimes e alegar que aquele era um legítimo instrumento de protesto. Como a senhora e sua grei um dia fizeram. Se os torcedores que estavam no estádio a vaiaram e - com um certo exagero, para alguns destes aleivosos e levianos adeptos da 'paz' - a xingaram, este, sim, foi um jeito de repudiar a grande onda de corrupção que assola o país. E, ainda, bem, usando uma das melhores armas de que se dispõe que é abrir a garganta, coração na boca, peito aberto, sangrando, como pregava Gonzaguinha.