terça-feira, 5 de janeiro de 2016

DILMA , A IRRESPONSÁVEL

Jornais e revistas especializadas, principalmente, em economia e política, do mundo todo, apontam na direção de um ano muito difícil para o Brasil. A Economist, por exemplo, estampou em sua última edição o título “A queda do Brasil: Dilma Rousseff e o desastroso ano que vem pela frente”, tecendo um cenário nada positivo para o país em 2016. O texto relembra o rebaixamento do rating pelas agências de classificação de risco Fitch e Standard & Poors (as quais o ex-presidente Lula diz, hoje, não serem importantes), a saída do ministro Joaquim Levy da Fazenda e a dificuldade da presidente Dilma em estabilizar as contas públicas, além, é claro, a gravíssima crise institucional (choque frontal entre os poderes da República e os partidos, inclusive, da base), o crescimento do desemprego e o possível retorno da hiperinflação (a enorme corrupção, a roubalheira e as prisões da Operação Lava Jato, desta vez, ficaram de fora, talvez, por serem hors concours e o planeta todo já saiba). A publicação inglesa, cuja circulação média semanal ultrapassa os 2 milhões de exemplares ( metade vendida só nos EUA), fala, também, de Dilma e do seu PT conseguindo tornar uma situação ruim em algo muito pior, sugerindo que somente com escolhas difíceis o Brasil poderia voltar ao seu rumo. Coisa que o artigo acha pouco provável, por considerar a presidente 'sem estômago para elas' e, pessoalmente, - somado aos mais de 70% da população brasileira que atribuímos notas baixas ao governo -  sabemos ser impossível por sua incapacidade administrativa, política, sem falar nos aspectos pessoais, como arrogância, falta de experiência, liderança e, agora, credibilidade, qualidades indispensáveis para quem deseja quebrar paradigmas, superar  problemas muito sérios e permanecer mais três anos à frente de um poder maior. E por falar em gestão e capacidade política de, até, unir as diferentes ideologias ( algo que o PT nunca quis e não sabe fazer), quando trata-se de construir um país melhor, a coluna sugere a entrevista de domingo (03/01) no Manhattan Collection, da GloboNews, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso onde ele fala, com propriedade e elegância, um pouco da social-democracia que defende faz tempo, dos erros cometidos pelo seu governo - a famosa mea culpa -  o uso indevido da estabilidade do Real pelo Partido dos Trabalhadores e os programas sociais que permitiram o uso demagógico, as pedaladas, a reeleição, o engodo eleitoral de seus sucessores e a grande catástrofe causados por ele, PT) e de algumas alternativas para que o Brasil reencontre o caminho, seja respeitado no contexto internacional, contenha a recessão e volte a avançar socialmente. Sem perder a democracia que o presidente de honra do PSDB e tantos outros ajudaram a construir.