sexta-feira, 2 de junho de 2017

DESORDEM E DECADÊNCIA

Se na economia, o Brasil parou de cair, como vêm afirmando, principalmente, o governo e seus destemidos e partidários defensores, em se tratando de novas descobertas da Justiça, são cada vez maiores os escândalos relacionados ao mar de lama em que está atolada a grande maioria dos políticos brasileiros, de norte a sul e em todas as esferas. Não passa um dia em que a mídia não revele grampos telefônicos e imagens incontestáveis desses criminosos traçando planos para se salvarem ou pilhando os cofres públicos, contribuindo para 'a ascensão' do Brasil ao ranking dos menos competitivos e corruptos do planeta. Ao contrário de um falso crescimento econômico que só alguns percebem (o número de desempregados e desassistidos vem subindo e os preços dos produtos teimam em não acompanhar esta triste realidade), neste particular, o País, afetado pela grave crise política, vem afundando ainda mais em termos de competitividade e aparece na terceira posição entre 63 apontados pelo Relatório de Competitividade Global 2017 e o segundo mais corrupto entre todos os pesquisados, atrás, apenas, da Venezuela. Assim, enquanto não acontecer algo que mude o pior quadro socioeconômico e político em que os maus brasileiros e brasileiras colocaram o País (quem sabe se fazendo uma PEC que permita Diretas Já com novos limpos nomes?), continuaremos a figurar entre os piores, pouco confiáveis e corruptos, uma vergonha tão grande quanto a guerra civil travada por aqui (55 mortes por ano), a liberdade de empresários e políticos desonestos, as delações que premiam malfeitores, as decisões do Congresso Nacional e do STF para blindá-los, os intermináveis privilégios e tantas outras injustiças praticadas em um País que pouco faz para reverter o pior quadro de todos os tempos.