terça-feira, 25 de maio de 2021

REPÚBLICA DE BANANAS

Nunca, na história do Brasil, um presidente da República debochou tanto de seus cidadãos e contribuiu para um genocídio. Apesar de o Brasil ter superado a trágica marca dos 450 mil mortos pela Covid-19, Bolsonaro continua fazendo politicagem barata (apesar dos milhões gastos com "segurança extra"), ao reunir milhares de pessoas cuja inconsequência de se aglomerar, sem os devidos cuidados sanitários, pode contribuir, e muito, para que a chamada terceira onda produza efeitos e recordes ainda mais letais. Como, domingo passado, no Rio de Janeiro, motociclistas que participaram de uma "motociata" (somos o país dos termos criados para enganar o povo) e de comício onde foram feitos ataques a desafetos e novas promessas, provavelmente, falsas, entre elas a de abolir o pedágio para duas ou três rodas com motor. Provavelmente, a exemplo do que fez ao acabar com multas, criminalidade, toma lá, dá cá, diminuir impostos, preço dos combustíveis, etc. Além da campanha extemporânea e de outros crimes contra a vida, como a aglomeração e não uso de máscaras, ainda teve o patético discurso de um general, da ativa, um dos acusados de ser o responsável pela morte de centenas e centenas de brasileiros enquanto ministro da Saúde. Resta saber o que mais falta para que a Justiça aja, de verdade, para impedir desrespeitos à lei, à ordem e à vida? Com a palavra o TSE, a PGR, o Exército, o STF, o CRM e os políticos, aparentemente, de bananas.