segunda-feira, 4 de outubro de 2021

TERCEIRAS VIAS

Pelo andar da carruagem - já que o assunto "eleições" só começa lá pra abril, maio -, a maioria do eleitorado não deseja nem a reeleição de Bolsonaro, tampouco a volta de Lula em 2023. As discussões sobre o tema, desde as redações dos jornais, passando pelas redes sociais e locais de lazer (aglomerados por gente que já decretou o "fim da pandemia"), bem como as últimas pesquisas, mesmo apontando para uma polarização entre os dois, deixam claro que ainda é grande o número de eleitores indefinidos, insatisfeitos e que outras "vias" poderão atingir, novamente, recorde de candidatos, tal qual 1989 quando 23 tentaram o cargo máximo no Executivo nacional. Até lá, é claro que muitos fatores deverão nortear as pré-campanhas, definir nomes, apoios, coligações e tudo mais que compõe o cenário eleitoral e qualquer aposta, neste momento, é temerária e pode fazer muita gente perder muito na bolsa de apostas num país que, tradicionalmente, costuma errar feio quando insiste em apontar vitórias antecipadas. Outros, como o relatório da CPI da Covid-19, surpresas vindas do STF e do TSE, decisões pessoais, amadurecimento de candidaturas novas e até o surgimento de algum radicalismo e extremismo ainda maior que o atual são outros elementos possíveis e prováveis neste jogo do poder no Brasil.