segunda-feira, 18 de abril de 2022

BLOCO NA RUA

Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda aos países "não baixar a guarda em relação ao coronavírus", o Brasil, através do presidente Bolsonaro e do ministro Queiroga, mais uma vez, ignoraram o alerta e decretaram que "não vivemos uma emergência sanitária". Sendo assim, animados com isto e, principalmente, com os baixíssimos índices de internação, sobretudo, de óbitos (pela média nacional), os prefeitos e governadores de quase todo o País se empolgaram e resolveram "botar o bloco na rua," liberando, de vez, o novo normal. E o novo Carnaval - inclusive os grandes desfiles - que se inicia nesta quinta-feira. Isto depois de a maioria aderir ao fim do uso da máscara e da exigência do passaporte sanitário, volta às aulas e, pelo que se desenha, o pouco caso às campanhas de vacinação e outras recomendações da própria OMS, como o uso do álcool em gel e medidas importantes adotadas há mais de dois anos que evitaram uma tragédia ainda maior. Medidas estas que, às vezes, consideradas antipáticas - mas amparadas pela Ciência -, pelo visto, os gestores não querem mais seguir, preferindo se deixar levar pela tentação do samba, do suor, da cerveja e outros enredos que costumam ornar a cabeça do brasileiro. É a velha política do pão e do circo, fazendo-o cair na folia de Momo, como agora, e afastando-o de temas mais importantes pra quando as cinzas de uma quarta-feira se forem.