sábado, 23 de julho de 2022

TRAGÉDIAS DO RIO

O que se poderia esperar de Cláudio Castro que, sem nenhuma experiência administrativa ou política (apenas dois anos como vereador), após um impeachment, cai de paraquedas na cadeira de governador do Estado do Rio de Janeiro, segundo mais importante - e complexo (sem trocadilho) da Federação? Nada que não fosse um caos ainda maior produzido, também, pela falta de políticas públicas e pela incompetência de se lidar com os outros poderes, muitos dos quais comprometidos até a alma com a corrupção, instalada dentro e fora do governo, e comprometido com o crime organizado. Até o talo. Não tanto pela falta de "expertise", pois muitos de seus "espertos" antecessores estão presos, processados, sob rigorosa investigação, usando tornozeleiras ou prestes a ver o sol nascer quadrado. Mas o fato é que ele parece ser aquele sujeito com boas intenções (se bem que delas o inferno tá cheio), as quais todo o "staff" admira pela frente e pouco respeita de verdade. Sem atitudes impositivas e, ainda, fazendo escolhas erradas, inclusive, aliando-se a um presidente fraco, incompetente e que apoia a violência em todos os sentidos, ele vem contribuindo para transformar o Rio de Janeiro na capital da letalidade policial - a maior em 15 anos e com mais da metade das maiores chacinas do Brasil- e das milícias por nunca ter dirigido nada, além de uma voz trêmula, insegura e que, portanto, ninguém obedece e respeita. Só quem dela se locupleta.