'NOVA DEMOCRACIA'

(Hugo Quiroga, politólogo da Universidade de Rosario - Clarín, 27) 1. Parece que interessa mais ao eleitorado os líderes de popularidade do que as próprias estruturas partidárias. É uma tendência mundial, do final do século XX, que está ligada à fragmentação do sistema partidário, a crise da representação e a diluição das grandes identidades políticas, que em nosso país adquiriram contornos muito contundentes depois da crise de 2001.
2. Entre as consequências deste fenômeno, estão a flutuação do voto e uma maior autonomia cidadã em relação aos partidos. A democracia representativa tradicional, baseada em um sistema partidário, já não é o que era. A democracia mudou de face.
3. Não se trata somente das novas tecnologias da comunicação política, das redes sociais, que ampliaram o espaço público para novas formas de comunicar e participar, mas também de uma democracia de contato com os cidadãos. Com isso, faço menção ao enlace que se estabelece entre os eleitores e os "líderes de popularidade", que são aqueles reconhecidos pelo grande público, que não provem do âmbito da política. A democracia imediata exacerba, sem dúvida, o personalismo na política.

Ex-Blog do César Maia

GOLIAS X GAROTINHO

Podem acusar o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho de muitas coisas - e isto é natural em uma democracia -, menos que ele não tem disposição para 'encarar uma boa briga'. Suas denúncias contra o todo poderoso presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a liderança no pedido de CPI contra ele e a resistência contra o governo Sérgio Cabral, do Estado do Rio de Janeiro, são exemplos de que a citação bíblica do duelo travado entre David e Golias se aplica à vida diária dele e de todos nós. Apesar da aparente desigualdade, Garotinho tem ao seu lado as expressivas votações obtidas em todos os pleitos em que participou e a grande experiência política para aceitar desafios e isto é uma constatação irrefutável em todos os sentidos. O eleitor pode, até, não concordar com algumas de suas táticas, mas reconhecer que ele tem 'peito' para absorver as pancadas, reverter a situação e administrar, muito bem, as diferenças reunindo forças para levantar um novo exército, nisto ele é quase incomparável e imbatível.

PRA COMEÇAR A SEMANA

"EM QUISSAMÃ, A EXPECTATIVA TÁ TÃO 'APERTADINHA' QUE NÃO ENTRA NEM PENSAMENTO".

À LUZ DA PSICO

VICIADOS EM CELULAR

Os cientistas descobriram que se chama "hábito de verificação" o comportamento dos usuários de frequentemente olharem para a tela de seus celulares e o menu, em busca de notícias, e-mails, contatos e aplicações sociais. A verificação típica dura alguns segundos e envolve o desbloqueio da tela e o acesso a um único aplicativo. Os pesquisadores da Helsinki Institute for Information Technology ficaram surpresos ao descobrir que usuários se preocupam em verificar seus dispositivos por horas. Psicólogos estão preocupados com a crescente dependência de pessoas por seus celulares, ao exibirem um comportamento que mostra a preferência pela interação com seus telefones em vez de outros seres humanos. E que este pode se tornar obsessivo caso não haja um controle e um alerta feito, principalmente, por profissionais da área de saúde mental que, já em uma anamnese, podem detectar a dependência e a ansiedade do usuário, além do exagero no recebimento de informações.

A ERA DA LOUCURA

"Nada faz sentido... Mas, com um pouco de hipocrisia, dá para ser feliz mesmo assim. Essa é a ideia do livro The Age of Absurdity, em que o irlandês Michael Foley defende que nosso cotidiano se transformou em um amontoado de bizarrices — como a busca pela juventude eterna ou o consumismo desenfreado. O antídoto, é aceitar que vivemos em um mundo louco — e aprender a rir deles."

Da Folha.com

DEBITANDO NA CONTA DA POLÍTICA

O Brasil é um país, deveras, curioso. Paradoxal em todos os sentidos. O cerol nas pipas é proibido, mas continua a ser comercializado e a matar civis e militares, como aconteceu esta semana em São Paulo, quando degolou um jovem policial que voltava para casa em sua moto, aparentemente, sem a tal da anteninha que deveria ser acessório obrigatório. Policiais, durante o exercício de suas funções, matam inocentes que esperam deles, no mínimo, proteção. Balões também não deveriam ser soltos mas, neste período de 'festas', caem em matas e prédios, com suas enormes cangalhas cheias de luzes de velas, provocando incêndios criminosos, previstos em leis e ignorados até por quem deveria conhecê-las como foi o caso recente de militares flagrados com farto material para confecção que declararam cultuar a arte de soltar balões pois os mesmos 'são inofensivos pois já caem apagados'. Casos de pedofilia, cyberbullying, manuais terroristas e outras formas de agressividade proliferam através de uma internet cada vez mais 'livre' e de recursos infinitos para este tipo de prática, enquanto os recursos para combatê-las são limitados. Os carros, supervelozes, são conduzidos em áreas urbanas por pessoas alcoolizadas que, mesmo com carteiras cassadas por terem atingido 20 pontos, conseguem driblar a chamada Lei Seca, - esta há muito ridicularizada - e conseguem matar pessoas até em calçadas de ruas de baixíssima velocidade. Crimes, cada vez mais hediondos, decretam pena de morte à sociedade que, sobrevivente, fica presa dentro de casa enquanto quem os pratica corre apenas o risco de pegar uma pena máxima de 30 anos. Com os devidos benefícios, é claro. Os impostos pagos por nós, aliás, os mais pesados do mundo, não significam serviços públicos de qualidade nem naquilo que prevê a Constituição brasileira, seja na saúde, educação, segurança e transporte. E, finalmente, no país da pretensa política da Ficha Limpa e dos recordes de corrupção, sujos continuam disputando cargos, sendo eleitos, ovacionados e, o pior, se beneficiando da imunidade que vai lhes assegurar continuar a desviar recursos investidos de autoridade.

DANÇA DAS CADEIRAS

A briga pela mesa diretora da Câmara Municipal de Quissamã (RJ) continua dando o que falar. É uma autêntica dança das cadeiras, onde alguns sentam no plenário, outros ficam em pé na coxia ou nas ruas e a população, de olhos e ouvidos bem abertos, continua sem entender patavina e bulhufas, como falava minha vó Valentina. Segundo dizem por aí, caberá à Justiça - sempre ela - decidir quem senta e quem não senta, logo após a música parar, é claro. É um autêntico IMBRÓGLIO, como tenta falar um representante daquela, outrora, augusta Casa das Leis que a continuar deste jeito vai lembrar uma outra mais conhecida do grande público. A da Mãe Joana. Independente de ser ano pré-eleitoral, onde os ânimos começam a ficar acirrados a caminho das urnas, é inadmissível uma situação assim pois a cidade, em termos administrativos, não pode parar. Por mais que se tente negar, do ponto de vista psicológico, e por quê não moral, tal indefinição abala todas as estruturas. O que vem acontecendo, desde o ano passado, pode até lembrar a dança das cadeiras de nosso tempo de crianças mas o que acontece na Câmara de Quissamã não é nenhuma brincadeira.

N.R: O negócio é tão sério que não vou comentar o discurso do vereador que elogiou 'a merenda balançada de nossas escolas' e o outro que, indeciso como sempre, (nem lá nem cá, muito pelo contrário) disse não estar na sessão legislativa de terça-feira, tampouco ausente. E ainda falam em mais duas cadeiras. Eu, hein...

TIO SAM, O CALOTEIRO

Os EUA, país mais poderoso do mundo, pelo menos do ponto de vista bélico, correm o risco de declarar a moratória, ou seja, o calote em sua dívida, contribuindo com o aumento do caos na economia mundial e mostrando que lá, como aqui, também há desperdício de dinheiro público, corrupção e outras mazelas a fazer da terra do Tio Sam um exemplo de paraíso apenas para a minoria. Lá, como aqui, está havendo uma inversão de valores - e de estratificação social - onde muitos vivem à sombra de um capitalismo e poucos a se beneficiar dele. Nós, que atravessamos um período de aparente bonanza, com as classes menos favorecidas 'achando' que estão vivendo melhor e com um achatamento da base da pirâmide, devemos correr contra o tempo, pois o Brasil tem os mesmos problemas, com a diferença de possuir leis mais frágeis a beneficiar a prática da corrupção e colocar atrás das grades quem comete crimes em todas as instâncias e de todos os tipos. O mensalão, por exemplo, que mostrou ao mundo que há um sério comprometimento entre os principais poderes deste país, corre sério risco de continuar a existir e ver seu "julgamento 'empurrado com a barriga' para, talvez, ano que vem", segundo declarações da grande mídia, coisa que a maioria da sociedade abomina e espera ver completamente extinta.

BACK TO BLACK

A morte prematura da cantora Amy Winehouse deixou pelo menos três mensagens importantes: que a dependência pela droga, geralmente, leva à morte após profunda degradação, que é preciso ser tratada como doença do corpo e da alma e combatê-la, de verdade, através de esforço superconcentrado. O pedido de socorro da talentosa jovem, de apenas 27 anos, aparecia na maioria de suas composições que falavam sobre a volta à escuridão (back to black), em sua voz e, principalmente, em sua frágil estrutura que deixavam claro o poder devastador que as substâncias alucinógenas têm sobre aqueles que, como Amy, não conseguem se livrar e viver sem elas. Consideradas o grande mal dos últimos dois séculos, as drogas sintéticas - a exemplo do álcool e das não-sintéticas - vêm arruinando os dependentes, fazendo chorar fãs e famílias inteiras. A perda de mais uma vida para a industrialização e o tráfico de drogas representa o como a guerra é desigual e sangrenta e vai continuar exterminando milhões de pessoas todos os dias em todos os lugares.

À LUZ DA PSICO

FILHO PREFERIDO

Você não faz diferença entre seus filhos. Mentira, dizem psiquiatras, psicanalistas e psicólogos. "A maioria dos pais, se não todos, tem um filho preferido", diz a psicóloga americana Ellen Libby, do alto de sua experiência de 35 anos atendendo em consultório e no centro de saúde mental da Universidade de Maryland. "Mas são raros os que admitem isso. Antes que algum pai ou mãe se sinta culpado, é bom saber que para ela, como para outros especialistas ouvidos, não há nada de errado com a preferência em si. "A pessoa não gosta nem de si mesmo todo o dia de forma igual, é impossível gostar igual de dois filhos diferentes", diz o psiquiatra e psicanalista Jorge Forbes.

Folha.com

'Q.I' EM ALTA

Mais da metade dos profissionais empregados recentemente foi contratada pelo famoso "Q.I.", ou, "quem indica, a tão válida e necessária indicação de amigos ou 'padrinhos', segundo a pesquisa da Catho Online. Dos 46.607 entrevistados, 59,4% começaram a trabalhar graças a indicação de algum conhecido.
Apesar das redes sociais serem um meio moderno e crescente de divulgação de vagas de emprego, elas ficaram em último lugar na lista dos meios mais utilizados nas novas contratações. Atrás do líder do ranking, estão os conhecidos sites de classificados, com 11,1% das contratações - um aumento de 5,7% nos últimos quatro anos. E quem está em busca de uma recolocação no mercado procura primeiro a sua rede de contatos, mostra a pesquisa.

COM 'MÃO DE FERRO'

A limpeza ao estilo conta-gotas que a presidente Dilma Rousseff está fazendo no Ministério dos Transportes não está agradando ao Partido da República (PR). Nem a nós. Ela lembra o velho provérbio 'vão-se os anéis...' pois enquanto não houver o mesmo critério para todos os partidos da base aliada, principalmente cortando na própria carne, ou seja, no Partido dos Trabalhadores (PT), - onde pairam dezenas de suspeitas de corrupção -, assistiremos novos escândalos, onde a farra do dinheiro público, o enriquecimento ilícito de filhos de autoridades, os mensalões e o nepotismo continuarão a imperar. Um governo que tem gasto uma fortuna a divulgar o slogan "Brasil sem miséria. O Brasil cresceu porque a pobreza diminuiu" e não consegue impedir a roubalheira institucional, corre o risco de tornar desacreditados todos os programas sociais, seus esforços em manter a estabilidade econômica e até mesmo alguns de seus personagens ilustres que ainda campeiam por um país mais justo e sobrevivem da dignidade de evitar o canto da sereia. Mas ainda há tempo. Basta a presidente Dilma se livrar de suas mais temíveis sombras do passado e fazer prevalecer a 'mão de ferro' no sentido de demitir e punir corruptos, sabendo que terá o apoio da maioria de brasileiros e brasileiras.

ESTRATEGIA DA PRESIDENTE DILMA

A presidente Dilma Rousseff pode até não ser uma grande política - segundo alguns experts -, mas a curtina de fumaça que ela lançou, dizendo que quer todas as denúncias de corrupção 'devidamente apuradas', exigindo a exoneração de ministros e, principalmente, tentando firmar sua posição de arauto da moralidade e pelo fim da miséria, tem amenizado a ira de boa parte da mídia e da oposição que acredita nisto -ou finge - para não desagradar a gerentona. E pode até dar certo. Como têm acontecido muitos escândalos em tempo recorde, precisamos esperar a poeira baixar para ver se foi só estrategia de marketing ou, de fato, a presidente quer começar a expulsar os ratos, atraindo-os para a morte (no caso política) como uma autêntica Flautista de Hamelin.

BONS DE VOTO E DE GARGANTA

Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2012, os partidos políticos já tentam convencer pessoas conhecidas por atividades distintas da política a disputarem uma vaga nas câmaras municipais. O objetivo é transformar a possível popularidade, principalmente, de comerciantes, profissionais liberais (até jornalistas), professores, esportistas, servidores públicos de todos os escalões, em votos que possam eleger não apenas os próprios “puxadores de votos”, mas também outros correligionários, segundo as regras do quociente eleitoral. Para se ter uma ideia, o corre-corre já é grande para encher os partidos de 'gente boa' e que promete bom desempenho nas urnas. Mas, cuidado você que se diz marqueteiro político e profundo conhecedor das 'mumunhas' da sua cidade: nesta área tem muita decepção e blefe. Portanto, não gaste energia 'puro', como se diz em nossa querida Quissamã...

TÁ RINDO DE QUÊ?

Esta é a pergunta feita por milhões de brasileiros após os últimos jogos da seleção dirigida por Mano Menezes, principalmente na Copa América onde o Brasil foi mandado pra casa pelo Paraguai. Desde o início, não gostei de algumas atitudes deste cara que me parece ter sido muito mais uma opção pessoal do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o mesmo que também se faz de sisudo mas vive rindo e c#*&¨*@ pra todo mundo pois 'ele tem a força'. Como sou do tempo que deve-se ter os melhores nos melhores cargos, independente de apadrinhamentos (se é que você me entende...), torço para a saída imediata de mano e sua substituição por alguém que reúna todas as condições de líder.