sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DEBOCHE NO PARLAMENTO

A exemplo da carga tributária, dos códigos civil e penal e do sistema educacional, o parlamento brasileiro também precisa passar por uma reforma urgente que nos permita entrar no caminho do verdadeiro desenvolvimento. Enquanto senadores, deputados e, até, vereadores, debocharem de nossa cara, fazendo pouco caso dos problemas, votando de maneira clientelista, casuística, portanto, imoral, onde prevaleçam as vantagens pessoais, o país vai continuar a votar mal e permitindo que a corrupção dite todas as regras. As discussões em torno do salário mínimo vêm mostrando que a maioria da classe política não está nem aí para a população, pois a diferença entre o que quer o governo (R$545) e parte da oposição (R$560) continua a ser o escárnio maior desta época de início de mais um período legislativo. A proposta de R$600 reflete, apenas, um jogo para a plateia pois, mesmo que aprovados, não propiciará ao trabalhador da ativa e os inativos terem uma melhor qualidade de vida. A votação supostamente errada do deputado Tiririca e a traição de representantes dos partidos da base do governo, bem como as declarações do presidente do Senado, José Sarney, dando como favas contadas a ratificação do esdrúxulo aumento do mínimo, não deixam dúvidas de que há extrema subserviência do legislativo perante o executivo, salvo exceções cada vez menores.