sábado, 21 de abril de 2012

SUPREMACIA

Ao assumirem o Tribunal Superior de Justiça (STJ), os ministros Ayres Brito e Joaquim Barbosa, presidente e vice, respectivamente, renovam as esperanças de boa parte da população que almeja ações mais enérgicas em busca de mais transparência, ética e julgamentos que não terminem em pizza, arquivados ou repousando em uma grande e confortável gaveta daquele Tribunal. A intenção expressa de dar continuidade ao Caso do Mensalão, por exemplo, pode ser a luz no fim do túnel para que políticos voltem a temer por seus mandatos e sintam, ao menos, sua liberdade ameaçada. Acostumados a seguirem à risca a Constituição, os dois ainda são conhecidos por discordar até mesmo dos aparentemente mais fortes, - cada um a sua maneira -, os quais, às vezes, costumam considerar tirânicos. Por outro lado, no Legislativo são instalados Conselhos de Ética e CPIs pouco confiáveis, onde diversos parlamentares têm problemas na Justiça e muita, muita, submissão às 'forças ocultas'. Para se ter ideia, a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada no Congresso Nacional para investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas privadas terá 32 integrantes, sendo que pelo menos 17 deles têm pendências desta natureza. Entre os parlamentares que participarão da CPI e que têm contas a acertar com a Justiça, estão o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado federal Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Isso sem contar com a presença do ex-presidente da República, afastado do cargo por corrupção, Fernando Collor de Melo, barrando senadores éticos e anti-tirania como Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos.