sábado, 20 de setembro de 2014

TSUNAMI ELEITORAL

Há quem diga que a 'onda Marina' está chegando ao fim. Faltando 15 dias para as eleições, institutos de pesquisa vêm mostrando empate técnico entre ela e Dilma no segundo turno e um ligeiro crescimento de Aécio, mas não suficiente para colocá-lo no páreo. Custo a acreditar que o país, atolado em escândalos de corrupção nunca dantes vividos em toda sua história, queira uma disputa entre duas pessoas cabeça, tronco e membros de um mesmo partido - arraigado a outros tantos - que insistem em combater a pobreza através de programas sociais, esquecendo-se de colocar o crescimento econômico como o único capaz de dar dignidade ao seu povo. De um lado, uma candidata prometendo aprimorar o que não vai bem, desfazer-se dos 'equívocos', do outro uma tentando fazer cara de anjo, dizendo que quer governar com todos, o que pode significar os mesmos aliados, a velha prática da corrupção, os mesmos cansativos e onerosos programas de combate à miséria, os mesmos bancos com enorme faturamento, sempre à custa do sofrimento alheio, enfim, o mesmo pibinho e a mesma marolinha que só atinge aos outros. Acabo de passar alguns dias no Japão e pude constatar o que são milhões de pessoas de cabeça erguida trabalhando em prol de uma qualidade de vida onde todos podem desfrutar dela. Sem fazer da política o principal elo de progresso, como neste lado de cá do Equador. Sem dar à classe política tanta capacidade de decisão e a ousadia de roubar tantos bilhões de aposentados. Sem permitir que os recursos destinados à saúde, educação, transporte e segurança vão para as contas de desavergonhados ladrões protegidos por esta  mesma classe de desclassificados. Aliás, naquele grande país, corruptos, descobertos, ainda têm o discernimento de se considerarem orgulhosos, dando, na maioria das vezes, fim ao próprio martírio. Não rindo da cara do povo como faz a maioria dos políticos brasileiros. Não mentindo em frente às câmeras de TV, como os candidatos, ao prometer coisas que jamais serão feitas, sempre acobertados pela própria Justiça que não os pune por mentir. No país onde a mentira não é crime, só podemos assistir ao crescimento da onda de corrupção e das duas candidatas ao Planalto até o segundo turno. Só.