O país tem assistido algumas entrevistas de novos ministros da presidente Dilma. Ao mais puro estilo embromation,
do nada pro lugar algum, fica a certeza de que foram nomeados,
exclusivamente, para cumprir acordos e compromissos assumidos durante a
campanha (a tal da governabilidade e porque quase a canoa petista foi
afundada pelo PSDB). Joaquim Levy e Cid Gomes talvez sejam exemplos
maiores. O da Fazenda, oriundo do maior banco privado do cone sul, com
sorriso maroto e meio amarelo, fica tentando ganhar tempo antes de
revelar que crises como a da Saúde só serão resolvidas com aumento de
impostos. O que deverá ser feito com a volta da CPMF ou outro nome que
tenha. E a ratificar que está lá para aumentar a carga tributária e o
lucro dos banqueiros. Quanto ao ex-governador do Ceará, irmão de Ciro
Gomes, parece não saber a diferença entre os ensinos fundamental e
médio e que o problema da Educação no Brasil não será resolvido com
uma simples canetada. Aliás, ele talvez não saiba a diferença entre um
giz e uma caneta, que para professores e alunos servem para escrever.
Mas a nova composição ministerial da presidente não para por aí. Tem,
ainda, mais 37 nomes advindos do cenário político, com ou sem
mandato, como os senadores Kátia Abreu, Eduardo Braga e Armando
Monteiro, o ex-prefeito Gilberto Kassab, ex-governador da Bahia, Jacques
Wagner e Helder Barbalho, que deverá fazer na Pesca o que papai
ensinou. Num país onde não há meritocracia e a cultura é nomear, nomear,
nomear (e criar ministérios e outras autarquias) e desviar recursos
públicos - ficando impunes -, não é de se estranhar que o Brasil
continue estagnado e a população mais à mercê dos 'poderosos'.