terça-feira, 6 de janeiro de 2015

COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES

O país tem assistido algumas entrevistas de novos ministros da presidente Dilma. Ao mais puro estilo embromation, do nada pro lugar algum, fica a certeza de que foram nomeados, exclusivamente, para cumprir acordos e compromissos assumidos durante a campanha (a tal da governabilidade e porque quase a canoa petista foi afundada pelo PSDB). Joaquim Levy e Cid Gomes talvez sejam exemplos maiores. O da Fazenda, oriundo do maior banco privado do cone sul, com sorriso maroto e meio amarelo, fica tentando ganhar tempo antes de revelar que crises como a da Saúde só serão resolvidas com aumento de impostos. O que deverá ser feito com a volta da CPMF ou outro nome que tenha. E a ratificar que está lá para aumentar a carga tributária e o lucro dos banqueiros. Quanto ao ex-governador do Ceará, irmão de Ciro Gomes, parece não saber a diferença entre os ensinos fundamental e médio e que o problema da Educação no Brasil não será resolvido com uma simples canetada. Aliás, ele talvez não saiba a diferença entre um giz e uma caneta, que para professores e alunos servem para escrever. Mas a nova composição ministerial da presidente não para por aí. Tem, ainda, mais 37 nomes advindos do cenário político, com ou sem mandato, como os senadores Kátia Abreu, Eduardo Braga e Armando Monteiro, o ex-prefeito Gilberto Kassab, ex-governador da Bahia, Jacques Wagner e Helder Barbalho, que deverá fazer na Pesca o que papai ensinou. Num país onde não há meritocracia e a cultura é nomear, nomear, nomear (e criar ministérios e outras autarquias) e desviar recursos públicos - ficando impunes -, não é de se estranhar que o Brasil continue estagnado e a população mais à mercê dos 'poderosos'.