quinta-feira, 18 de julho de 2019

REPÚBLICA DE BANANAS

Bolsonaro pode se queixar de tudo. Que a velha política (toma lá dá cá) é difícil de ser combatida; que a corrupção no Brasil é endêmica e cultural; que há muita banana pra ser descascada ( além dos pepinos, abacaxis e até laranjas); que a maioria das promessas de campanha, nem de longe, poderão ser cumpridas por causa disto; que, no final, quem manda é o Congresso; que o Supremo é intocável; que não nasceu pra ser presidente, etc. Só não pode dizer que não sabia, pois tá no jogo há mais de 30 anos dentro de um sistema e jogando um jogo cujo placar é sempre de uma grande goleada contra a Nação. Ao se colocar com o slogan Brasil Acima de Tudo e Deus Acima de Todos, Bolsonaro conseguiu convencer a maioria de que iria  entrar de sola na corrupção, aprovar as reformas, para mudar o País, dar direitos à população, inclusive, de se defender e melhorar sua vida,  principalmente, dos mais sofridos. Só que não. Em seis meses, o que se consegue ver é um cenário do mais por menos;  a oposição fazendo o barulho falso e inútil de sempre; tudo parado em função da aprovação de uma reforma da Previdência que não salvará o Brasil de mordomias, privilégios, usurpação e desvios dos mais variados; o entra e sai de ministros; muita mídia e blá blá blá,  enfim, que continuaremos a ser uma República de Bananas, aliás,  bananas estas que Bolsonaro tem descascado, engolido ( muitas a tira-gosto) e escorregado nas próprias cascas que vem jogando no chão e as quais podem provocar traumas graves como, por exemplo, a volta de viés ideológicos e de máquinas carcomidas e corruptas dos governos anteriores.