Não me encontro entre os 55% que votaram em Bolsonaro e sim entre os 21%
que se abstiveram. Não que não tivesse opinião a respeito ou, muito
pelo contrário, quisesse a continuação de governos corruptos,
perdulários (como os do PT de Lula e Dilma) ou os sem-credibilidade
e tapa-buracos (como o do PMDB de Temer). Isto porque no dia de votação
me encontrava fora do domicílio eleitoral e não pude manifestar o "
sonho" de ter um país mais justo, com leis mais severas, menos pressões
de um Congresso acostumado aos achaques, direito
a se defender em casos extremos usando métodos extremos, etc., coisas
que, como muitos, eram possíveis de serem alcançadas. Só que, muito além
das bobagens ditas e feitas pelo clã da família Bolsonaro, o Brasil
começa a demonstrar que não sabe administrar
crises graves como, por exemplo, a provocada pela pandemia do
coronavírus e, aí, o caos só tende a aumentar e a população ficar mais
deprimida, estressada e, pior, desassistida e morrendo mais por causa de
irresponsabilidades. O " espetáculo" produzido, em
cadeia de rádio e tv, pelo presidente nesta quarta-feira ( 24) e
escrito pelo 01 Carluxo ( principal ghost writer), quando repetiu ser a
doença " apenas uma gripezinha, desnecessário o confinamento de todos" e
outras pérolas dignas, até, de teorias da conspiração,
só reforça a vontade de muitos pelo seu impeachment, o que num momento
dramático como este piora muito as coisas. Tendo sido a gota d'água para
que pessoas bem-intencionadas e patriotas deixem de acreditar em sonhos
e exijam atitudes responsáveis, constitucionais
e republicanas.