terça-feira, 14 de junho de 2022

AO SABOR DAS MARÉS

O ex-governador de São Paulo, João Dória, declarou que saiu da vida pública para não mais voltar. Como político, acostumado às traições e mentiras, ele sabe que existem poucas maneiras de se sair dela e uma é por morte natural. Ou por morte provocada. Tem, ainda, a possibilidade (remotíssima) de ser preso, se bem que alguns conseguem se safar, sair da prisão e até voltar a disputar a presidência da República, o Senado federal, etc. Claro que João - como pediu pra ser chamado - tem exitosa carreira como empresário e "as chuteiras penduradas", de prefeito e governador do maior estado e do município da América do Sul, além de comporem o currículo e cenário de sua bela mansão, provavelmente, estarão ali para lembrá-lo de algumas máximas de Maquiavel como: "A política ama a traição, mas abomina o traidor" e "Na política, os aliados de hoje são os inimigos de amanhã". Dória, como homem de marketing, também conhece várias estratégias para se voltar por cima, o que pode tê-lo convencido a bater em retirada num momento tão desconfortável e adverso como este. Para tentar voltar, muito e breve, ao cenário de traições, mentiras e outras "qualidades" que tanto viu de perto e, birras à parte, parece ter gostado.